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Brasil enfrenta cortes de energia em três regiões durante horário de pico

Distribuidoras estaduais foram instruídas a cortar o abastecimento devido a "restrições" Operador Nacional do Sistema (ONS) destaca "folga de geração" em nota sobre o caso

Rodolfo Borges
Passageiros na linha 4 do metrô de São Paulo, que parou sem energia.
Passageiros na linha 4 do metrô de São Paulo, que parou sem energia.TABA BENEDICTO (ESTADÃO CONTEÚDO)

O Brasil tomou um susto no início da tarde desta segunda-feira, quando Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste registraram quedas de energia em residências e em aparelhos públicos, como o metrô de São Paulo. A interrupção do fornecimento de energia levou cerca de uma hora e provocou na população a lembrança da crise energética que levou a um racionamento entre 2001 e 2002.

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Por volta das 14h55, distribuidoras de energia como CPFL (São Paulo e Rio Grande do Sul), Copel (Paraná), Light (Rio de Janeiro) e Eletropaulo (São Paulo) receberam do Operador Nacional do Sistema (ONS) a instrução de cortar o fornecimento. Também foram afetados pelo corte Estados como Espírito Santo, Goiás, Santa Catarina e Minas Gerais, além do Distrito Federal.

Em nota, o ONS informou que “restrições na transferência de energia das Regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, aliadas à elevação da demanda no horário de pico, provocaram a redução na frequência elétrica”. Domingo foi o dia mais quente do ano em São Paulo, por exemplo, o que aumenta o consumo de energia, principalmente pelo uso de aparelhos de ar-condicionado. Na mensagem sobre a queda de energia, o ONS destaca ainda que os cortes ocorreram “mesmo com folga de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN)”.

Ainda segundo o ONS, “visando restabelecer a frequência elétrica às suas condições normais, o ONS adotou medidas operativas em conjunto com os agentes distribuidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, impactando menos de 5% da carga do Sistema”. Em Brasília, por exemplo, 157 mil unidades (entre residências e escritórios) ficaram sem energia, segundo a CEB. Em São Paulo, o corte de 700 Megawatts de energia distribuída deixou “alguns pontos sem luz”, informou a Eletropaulo.

Junto com a energia, caíram as ações das empresas elétricas na Bovespa. As quedas de 7,3% da CPFL, 6,38% da Cemig e 6,59% da Light, entre outras, foram determinantes para a queda de 2,5% da Bolsa de São Paulo. E o corte de energia repentino também levou a oposição a cobrar o Governo Dilma Rousseff.

O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), um dos líderes opositores no Congresso Nacional, disse em seu perfil no Twitter que o “setor energético não aguentou a barbeiragem de Dilma”, referindo-se ao desconto na conte de luz que a presidenta anunciou em 2013. Segundo ele, “Dilma começou sem qualquer aviso o racionamento de energia elétrica no País”.

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