Encontrada a cauda do avião da AirAsia acidentado no mar de Java
Equipe de resgate espera achar caixas-pretas da aeronave, que caiu com 162 pessoas
As diversas perguntas sobre o acidente do voo QZ-8501 da AirAsia em 28 de dezembro estão um pouco mais perto de ser respondidas. A equipe de resgate identificou nesta quarta-feira, no fundo do mar de Java, uma parte da cauda da aeronave que caiu com 162 ocupantes a bordo, na qual devem estar as caixas-pretas do Airbus 320-200 acidentado, essenciais para determinar as causas do acidente.
“Tivemos êxito em encontrar parte do avião que estamos buscando e podemos confirmar que se trata de uma seção da cauda”, afirmou o chefe da Agência indonésia de Busca e Resgate (Basarnas), Bambang Soelistyo, em uma entrevista em Jacarta, segundo informa a agência Antara. A descoberta faz supor um ponto de inflexão nos trabalhos de busca, que nesta quarta-feira entraram em seu décimo primeiro dia, por ser a primeira vez que os mergulhadores podem submergir e confirmar que uma das sete peças detectadas pertence ao aparelho da AirAsia. Até agora, o mau tempo e as fortes correntes marítimas tinham impedido isso.
A fuselagem achada tem inscrito o código do avião da AirAsia, “PK-AXC”. Um veículo submarino teleguiado também confirma a localização, a cerca de 30 km do lugar onde se calcula que tenha caído a aeronave. A prioridade agora será a recuperação das caixas-pretas, que armazenam dados do avião no momento da tragédia e as conversas na cabine. “Soube que uma seção da cauda foi encontrada. Se for a seção correta, as caixas-pretas devem estar lá”, disse o CEO da AirAsia, Tony Fernandes, em seu perfil no Twitter.
Outra prioridade é resgatar os corpos de passageiros que continuam desaparecidos. “Precisamos achar todas as partes (do avião) logo para encontrar todos os passageiros e aliviar a dor de nossas famílias”, acrescentou Fernandes. Até agora foram resgatados 41 corpos, todos eles na superfície, com diversos restos do aparelho e itens da bagagem dos viajantes. Dezesseis foram identificados e entregues às famílias, segundo o canal noticioso Channel News Asia. Dezenas de barcos e aviões da Indonésia, Malásia, Singapura, Estados Unidos e China, entre outros países, continuam varrendo a água no sudoeste da ilha de Bornéu à procura de mais vítimas, embora se acredite que a maioria dos corpos esteja dentro da fuselagem.
Embora as autoridades indonésias atribuam o acidente às condições meteorológicas, as causas exatas continuam a ser uma incógnita. Quarenta minutos depois da decolagem, o piloto pediu para desviar ligeiramente da rota determinada e passar de 9.800 metros para 11.600, em razão de uma tempestade. Minutos depois a nave desapareceu dos radares. Uma fonte anônima da investigação, citada pela agência Reuters, afirmou que os dados indicam que o aparelho realizou “uma subida incrivelmente íngreme, além do limite” suportado por um Airbus A320. Um informe da Agência Indonésia de Meteorologia, Climatologia e Geofísica sugere que a causa mais provável tenha sido a formação de gelo no motor do aparelho durante a travessia de uma nuvem.
O avião fazia a rota entre a cidade indonésia de Surabaya e Singapura com 155 passageiros, entre os quais 16 crianças e um bebê, além dos dois pilotos e cinco tripulantes. A maioria das vítimas tem nacionalidade indonésia (155), mas também havia três sul-coreanos, uma malaio, um francês, um britânico e um cingapurense.
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