Brasileiro acusado de jihadismo será extraditado para a Espanha
Jovem de 18 anos e dois marroquinos detidos na Bulgária residiam em Barcelona Acredita-se que tentavam chegar à Síria para ingressarem no Estado Islâmico
Um jovem brasileiro de 18 anos e dois marroquinos de 27 e 24 anos serão extraditados da Bulgária para a Espanha, onde são acusados de tentarem se alistar no grupo radical armado Estado Islâmico (EI).
O brasileiro e os dois marroquinos moram na província de Barcelona e foram detidos numa operação internacional em 15 de dezembro, quando atravessavam a Bulgária de carro em direção à fronteira com a Turquia. Haviam deixado a Catalunha três dias antes e supostamente tentavam chegar à Síria, onde pretendiam combater nas fileiras da organização terrorista, segundo a polícia.
Um tribunal búlgaro aprovou na segunda-feira a extradição dos três detidos, que devem ser transferidos para a Espanha nos próximos 10 dias, segundo a Folha de S. Paulo. O Itamaraty confirmou que está prestando assistência consular ao cidadão brasileiro, mas evitou comentar o caso “por respeito à sua família”.
Os três presos negam as acusações e dizem que planejavam passar férias na Turquia e na Grécia, segundo a Folha. O jovem brasileiro havia trabalhado em hotelaria e se converteu ao islã. Um dos marroquinos estava desempregado e tinha antecedentes criminais por furto, ao passo que o outro se formou em carpintaria e tinha trabalhos esporádicos, segundo o secretário de Interior do Governo regional catalão.
A polícia dessa região espanhola começou em junho a investigar os acusados, após suspeitar da radicalização de suas posturas e detectar que eles haviam lançado mensagens de apoio à jihad.
“O objetivo final desses três cidadãos era o trânsito através do território búlgaro até a Turquia, tendo a Síria como destino final, onde iriam participar de ações de combate”, afirmou em nota a Agência Estatal de Segurança Nacional da Bulgária. A Interpol os procurava por “atividades terroristas”, segundo essa instituição.
O Estado Islâmico tem entre 20.000 e 31.500 combatentes na Síria e no Iraque, segundo um cálculo da CIA divulgado em setembro. Cerca de 15.000 estrangeiros procedentes de 80 países lutam atualmente em grupos jihadistas na Síria, entre eles o EI, segundo os serviços de espionagem dos EUA.
Em setembro, o Conselho de Segurança da ONU adotou por unanimidade uma resolução que buscava frear o fluxo de jihadistas para esses dois países árabes. O texto solicita aos países membros que aprovem leis para submeter à Justiça cidadãos que viajam ao exterior com a intenção de lutar com grupos terroristas, e também quem auxilia essas viagens.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.