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O sequestrador de Sydney não estava incluído nas listas de terroristas

O premiê australiano diz que a polícia vai investigar exaustivamente o que aconteceu

O sequestrador de Sídney, depois de ser condenado por enviar cartas amenazantes a familiares de soldados.Foto: reuters_live | Vídeo: EFE/ REUTERS-LIVE!

Man Haron Monis, o homem que sequestrou 17 pessoas sob a mira de um revólver num café em pleno centro financeiro de Sidney nesta segunda-feira, estava em liberdade sob fiança e era “velho conhecido” da polícia, segundo admitiu o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott. A polícia australiana iniciou uma investigação tanto sobre sua própria atuação quanto sobre os motivos que levaram Monis a realizar o sequestro.

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“Ele tinha um longo histórico de crimes violentos. Era obcecado pelo extremismo e era mentalmente instável”, declarou o premiê diante de um grupo de jornalistas que questionaram a atuação do Governo ao deixar em liberdade um autoproclamado clérigo xiita acusado de cometer abusos sexuais e de envolvimento na morte de sua ex-mulher.

“Nos perguntamos: ‘Como é que alguém com este histórico pôde não figurar nas listas apropriadas?’”, admitiu Abbott. Ele assegurou que a polícia vai investigar a questão metodicamente nas próximas semanas. Indagado se o ataque poderia ter sido prevenido se Haron Monis tivesse figurado nas listas das forças antiterroristas, o premiê respondeu: “Mesmo que esse indivíduo doente e perturbado tivesse estado em nossas listas, mesmo que o tivéssemos vigiado 24 horas por dia, ainda assim este incidente poderia ter acontecido”.

A porta-voz da polícia de Nova Gales do Sul, Catherine Burn, declarou que os movimentos de Haron Monis “farão parte crítica da investigação, porque será importante sabermos o que acontecia com ele”. Burns confirmou que a investigação policial já começou e indicou que ela pode levar meses. Reconheceu que Haron Monis, refugiado iraniano que vivia na Austrália havia 18 anos, fez vários pedidos através das redes sociais, incluindo falar com Tony Abbott e que lhe entregassem uma bandeira do Estado Islâmico. “Ele estava divulgando exigências relativas a algumas coisas em particular, mas ainda não confirmamos sua motivação exata”, ela disse.

“Ele era um homem com antecedentes criminais graves e antecedentes de violência. Cremos que tinha pontos de vista extremistas e era instável”, explicou a porta-voz, acrescentando: “Vamos examinar tudo o que possamos descobrir sobre ele para determinar o que pode ter desencadeado isto”.

A polícia também confirmou que a invasão das forças de segurança do café onde estavam os 17 reféns e o sequestrador, na noite de segunda, foi provocada por uma série de disparos ou explosões dentro do estabelecimento. O comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Andrew Scipione, explicou que os agentes em campo “tiveram que tomar uma decisão, porque naquele momento consideraram que, se não entrassem, muito mais pessoas poderiam morrer”.

Haron Monis morreu pouco depois de chegar ao hospital. As duas outras vítimas fatais são a advogada Katrina Dawson, 38 anos, e o encarregado do café, Tori Johnson, 34. As autoridades não quiseram confirmar se o tiroteio dentro do estabelecimento teria sido desencadeado por uma tentativa de Johnson de arrancar a arma do sequestrador.

O sequestro terminou com seis outras pessoas feridas. Uma delas é um policial que sofreu um ferimento a bala, mas já saiu do hospital. Os outros feridos são reféns, entre eles duas mulheres grávidas que tiveram que receber atendimento médico mas não sofreram ferimentos graves. Outras duas pessoas receberam ferimentos de bala, mas se encontram estáveis.

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