Roman Polanski trava uma batalha com a Justiça dos Estados Unidos
Os advogados do cineasta iniciam uma manobra para eliminar de uma vez as acusações de abuso sexual que pesam contra ele desde 1977
Os advogados do cineasta Roman Polanski, de 81 anos, iniciaram uma última manobra legal na Justiça de Los Angeles para tentar encerrar de uma vez o processo por abuso sexual que o persegue há 37 anos. Em nota apresentada na segunda-feira, a equipe jurídica de Polanski acusa a promotoria de conduta inadequada ao tentar fazer a Polônia prender e extraditar o diretor em outubro. A manobra busca o arquivamento das acusações contra Polanski.
A nota foi apresentada ao Tribunal Superior do Condado de Los Angeles pelo advogado Alan Dershowitz, que tem uma carreira brilhante em casos complicados como este. Dershowitz solicita representar Polanski, que desde 1978 não pisa nos Estados Unidos, nem em nenhum país do qual possa ser extraditado.
No fim de outubro do ano passado, Roman Polanski, de origem polonesa, encontrava-se em Cracóvia quando foi detido para ser interrogado em relação a um pedido de extradição dos Estados Unidos. As autoridades decidiram liberá-lo porque os delitos tinham prescrito. Os Estados Unidos queriam que a Polônia mantivesse Polanski preso até que pudesse ser extraditado. Esse episódio pode derrubar as atuações da promotoria de Los Angeles.
A biografia de Roman Polanski está manchada para sempre por um incidente de 1977, quando abusou de Samantha Geimer, então com 13 anos, em uma festa com drogas em Los Angeles. Processado por seis delitos, Polanski declarou-se culpado. Um juiz condenou-o a três meses de prisão para exames psiquiátricos, mas só cumpriu 42 dias em um pacto com o juiz. Ao sair em liberdade condicional, suspeitando que o juiz quisesse colocá-lo mais tempo na prisão, Polanski tomou um avião e abandonou para sempre os Estados Unidos. Tinha 44 anos.
Desde então, um tribunal de Los Angeles espera que se apresente para determinar se precisa voltar para a prisão. A vítima perdoou publicamente o diretor há anos e pediu ao tribunal para retirar as acusações. Entretanto, é considerado um foragido. Em 2005, foi cursada uma ordem de extradição internacional. Polanski foi detido em 2009 na Suíça e passou alguns meses em prisão domiciliar até que as autoridades desse país decidiram negar a extradição.
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