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Presos quatro pistoleiros pelo desaparecimento dos 43 estudantes

Autoridades mexicanas encontram uma nova vala comum a 15 quilômetros de Iguala

Sonia Corona

As autoridades mexicanas detiveram quatro integrantes do cartel Guerreros Unidos que confessaram ter participado do sequestro de 43 alunos de magistério há pouco mais de um mês. O procurador-geral Jesús Murillo Karam informou que os detidos admitiram ter recebido “um amplo grupo de pessoas” que foram mantidas como reféns, e disseram também conhecer o destino dos jovens.

Murillo Karam informou que a Procuradoria está investigando a informação fornecida pelos detidos, fazendo averiguações no local “onde se cogita que ocorreram os fatos relacionados ao desaparecimento”. A imprensa mexicana informou que forças federais e militares localizaram uma vala com restos humanos no município de Cocula, a 15 quilômetros de Iguala (Estado de Guerrero, no sudoeste do país). Escavações estão sendo feitas nesse local – um aterro sanitário da cidade –, e um grupo de legistas argentinos examina os restos.

Desde o desaparecimento dos estudantes, a Procuradoria encontrou 10 valas comuns nos arredores de Iguala, com um total de 28 corpos. Segundo as autoridades mexicanas, até agora nenhum dos cadáveres examinados corresponde aos alunos da Escola Normal de Ayotzinapa. No último mês, 56 pessoas foram detidas por suspeita de ligação com o desaparecimento dos 43 estudantes e a morte de outros seis.

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O procurador-geral reiterou que José Luis Abarca, ex-prefeito de Iguala, e sua esposa, María de los Ángeles Pineda, apontados como como mandantes do sequestro, continuam sendo procurados pelas autoridades. O casal está desaparecido desde 26 de setembro, quando o desaparecimento dos jovens ocorreu. O caso expôs a estreita relação entre autoridades locais e as forças do crime organizado na região.

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, e o novo Governador de Guerrero, Rogelio Ortega, decidiram criar um grupo de especialistas que observará e questionará o trabalho da Procuradoria durante a investigação do caso. “É imperativo conhecermos o paradeiro dos jovens desaparecidos de Ayotzinapa e aplicar a lei para os supostos responsáveis por esses fatos tão lamentáveis”, declarou Peña Nieto em uma mensagem transmitida pela TV.

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