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Enfermeira espanhola com ebola está consciente e fala com seus médicos

Sobe para 17 o número de pessoas internadas no Hospital Carlos III

Um dos 17 isolados mostra um cartaz para comemorar que não tem febre.
Um dos 17 isolados mostra um cartaz para comemorar que não tem febre.SERGIO PEREZ (REUTERS)

Teresa Romero, a auxiliar de enfermagem contagiada pelo vírus ebola, está consciente e fala com a equipe médica que a atende no Hospital Carlos III, onde está internada, segundo informaram fontes sanitárias à agência Efe. A equipe responsável pelo tratamento da auxiliar de enfermagem é formada por dez pessoas, das quais três são médicos.

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Além de Romero, permanecem no centro outras 16 pessoas depois da internação de três mulheres na sexta-feira, uma cabeleireira, uma enfermeira e uma faxineira do centro de saúde, todas elas sem sintomas. Além do caso confirmado, há outro sob investigação, uma enfermeira cujo primeiro teste deu negativo e está à espera do resultado do segundo exame que, passadas as 72 horas, poderia ser divulgado ao longo do dia.

A vice-presidente de Governo, Soraya Sáenz de Santamaría, preside desde as 10h (5h em Brasília) a segunda reunião do comitê criado depois do primeiro contágio de ebola na Espanha. O comitê, que foi constituído na tarde de sexta-feira, analisou no primeiro encontro as necessidades logísticas e revisou os planos de contingência.

A reunião contou com a presença de Antonio Andreu, diretor do Instituto de Saúde Carlos III; José Manuel Echevarría, Chefe de Virologia CNMV do Instituto de Saúde Carlos III; Luis Enjuanes, professor do Conselho Superior de Pesquisas Científicas; José Ramón Arribas, chefe de Unidade de Infecciosos do Complexo Hospitalar La Paz-Carlos III; Yolanda Fuentes Rodríguez, subdiretora médica do Complexo Hospitalar La Paz-Carlos III; e Fernando Simón Soria, diretor do Centro de Alertas do Ministério da Saúde.

Pedro Sánchez: "Rajoy é responsável pela crise do ebola"

ANABEL DÍEZ

Na tarde da terça-feira passada, o líder do Partido Socialista Obreiro Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, ofereceu sua colaboração ao presidente de Governo (primeiro-ministro), Mariano Rajoy, em uma conversa privada. Sánchez telefonou para Rajoy para obter informações sobre a situação depois de saber da gravidade do estado de saúde da auxiliar de enfermagem, Teresa Romero. Desde então, não recebeu mais nenhuma notícia de Rajoy, já que ninguém entrou em contato com os socialistas.

Talvez por isso, o principal partido da oposição não ponha panos quentes nas falhas e denúncias feitas pelos profissionais do setor. “Rajoy apenas quer se esquivar de sua responsabilidade, mas é responsável ao colocar uma irresponsável, como a ministra [da Saúde Ana] Mato à frente de uma situação grave.” A acusação direta foi lançada por Sánchez no curso do Fórum de Limpeza e Qualidade Democrática realizado pelo PSOE em Madri. Por enquanto o partido não pede uma responsabilidade direta, quer dizer, não exige demissões, mas isso será feito no Congresso de Deputados.

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