Ondas eletromagnéticas: Prejudiciais à saúde?
Algumas medidas simples podem ajudá-lo a se proteger delas em sua casa
A radiação eletromagnética artificial gerada pela fiação elétrica e por celulares, telefones sem fio ou eletrodomésticos envolve nossa vida diária. Durante a última década, sua presença aumentou de maneira exponencial nos centros urbanos e também dentro de casa. Seus efeitos são cumulativos e podem prejudicar a saúde, especialmente em crianças e jovens. Mas não é preciso se alarmar nem renunciar às comodidades e vantagens que as novas tecnologias oferecem. Convém manter-se informado, reclamar quando necessário, conhecer as características dos aparelhos e dispositivos domésticos e fazer bom uso deles.
Coloque os eletrodomésticos contra paredes que deem para o exterior. Isso ajudará a expulsar a radiação e evitará contagiar outras estâncias
Os efeitos induzidos pelas radiações eletromagnéticas podem ser térmicos ou atérmicos, que são os que geram maior risco ao produzir alterações biológicas. Calcula-se que entre 5 e 10% da população seja eletrossensível. Alguns dos sintomas mais frequentes são dores de cabeça, insônia, irritabilidade, depressão e maior risco de câncer, segundo reconhece a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Conselho Europeu recomenda em sua Resolução 1815 a aplicação do Princípio de ALARA, que aconselha uma exposição mínima a essas ondas, e o Princípio de Precaução, que orienta a evitar exposições desnecessárias enquanto existir incerteza científica e proteger especialmente as crianças e os jovens. Além disso, estabelece níveis máximos de exposição para a telefonia sem fio em ambientes fechados de 0,6 volt por metro quadrado (0,1 microwatt por centímetro quadrado ou µW/cm² ) e que a localização das novas antenas seja determinada levando em conta não apenas os interesses dos operadores.
Como conseguir boas ondas em seu lar...
Ilustrações de Willy Ollero
Caldeira a gás e geladeira
É melhor colocá-las junto a paredes voltadas para o exterior, a fim de evitar que afetem outros cômodos.
Secador
Como os utensílios elétricos que usamos no banheiro ficam ligados por pouco tempo, em princípio não é necessário tomar nenhuma precaução especial.
Televisão e computadores
As televisões de tela plana (plasma ou led) quase não emitem radiação. Os computadores também não, se não estiverem ligados na tomada (utilizando a bateria).
Rádio-relógio despertador
É melhor usar um modelo a pilha. O transformador que serve para conectá-lo à eletricidade emite ondas eletromagnéticas.
Fogão
Prefira vitrocerâmica a indução. Esta gera campos dez vezes mais potentes.
O celular: melhor longe
Ligado: deveria ficar em outro cômodo ou a mais de três metros de distância. As gavetas reduzem a radiação, mas não a bloqueiam.
Deve ficar afastado do corpo, especialmente da cabeça e dos genitais. Opte por fones de ouvido, mas não utilize os que vêm com o aparelho. Dê preferência aos de tubo de ar.
Opte pelo modo viva-voz ao falar.
Mande mensagens de texto: emite menos radiação.
Instale um filme protetor para reduzir danos pela luz da tela.
Telefone sem fio
“É a maior fonte de irradiação por tecnologias sem fio em casa. Os de tecnologia dect emitem radiação o tempo todo. Não convém instalá-los no quarto. Podem ser substituídos pelos de tecnologia eco dect, que emitem menos radiação e só quando se fala ao telefone”, aponta Fernando Pérez, vice-presidente da Fundação para a Saúde Geoambiental.
Roteador
Se atende a um único computador, melhor que seja com cabo. Se houver necessidade de um sem fio, deve ser instalado o mais longe possível das áreas de descanso e desligado à noite.
Paredes e janelas
As radiações podem ser transmitidas através das paredes, mas sobretudo pelos vidros das janelas. Existem pinturas, cortinas e telas que nos blindam.
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