A Ucrânia liberta os dez soldados russos presos em seu território
Os militares patrulhavam a fronteira e afirmam que entraram no país vizinho sem perceber
A Ucrânia libertou os 10 soldados russos que foram presos há uma semana após atravessarem ilegalmente a fronteira, anunciou neste domingo Alexei Ragozin, comandante adjunto das Tropas Aerotransportadas da Rússia. "As negociações não foram nada fáceis. Mesmo assim, o bom senso reinou e tudo terminou bem. O mais importante é que os meninos já estão conosco, na Rússia. Quero ressaltar que nós nunca abandonamos os nossos", afirmou o general russo às agências locais. Em troca, a Rússia entregou a Kiev os 63 militares ucranianos que cruzaram a fronteira na última quarta-feira.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, havia garantido esta semana que o líder ucraniano, Petro Poroshenko, tinha prometido libertar os soldados russos que cruzaram a fronteira por erro, segundo o Kremlin.
O Serviço de Segurança da Ucrânia informou ter capturado, há uma semana, os 10 soldados russos perto de Zerkalni (cerca de 50 quilômetros ao sudeste de Donetsk) e mostrou fotos deles e um vídeo no qual o interrogado, que dizia se chamar Dmitri Smirnov, contava que eles só se inteiraram que estavam na Ucrânia quando viram um tanque com uma bandeira do país. Em entrevista coletiva, na quarta-feira passada em Kiev, os próprios paraquedistas afirmaram que embarcaram para o que achavam que era um treino rotineiro, e que não sabiam que estavam na Ucrânia até serem detidos. Nove dos 10 soldados garantiram não ter experiência em combate.
No entanto, Kiev informou a captura no dia 26 de agosto e os acusou de estarem em uma "missão especial" em apoio aos rebeldes pró-russos no leste do país, o que Moscou negou, assegurando que sua tropa tinha se desviado por erro.
Após ser libertado, Ragozin insistiu que "desde os primeiros minutos de sua detenção foi feito todo o possível para conseguir, rapidamente, retornar para casa. Nossos rapazes lamentam que isto tenha acontecido. A todos eles será prestada assistência psicológica e de qualquer outro tipo que seja necessária", acrescentou.
O funcionário do Ministério da Defesa russo, que confirmou a notícia em condições de anonimato, explicou que os soldados patrulhavam um setor da fronteira e opinou que passaram para o território ucraniano, “provavelmente, por acaso, em uma área não sinalizada”. “Até onde sabemos, não ofereceram resistência” na hora da detenção, ressaltou, lembrando que mais de 500 ucranianos cruzaram a fronteira da Rússia nos últimos tempos, alguns deles inclusive “armados e em blindados”.
Quanto aos 63 militares ucranianos, Rogozin explicou que foram transferidos pela passagem fronteiriça de Nejoteevka, após deixarem o acampamento de amparo provisório levantado para eles na região de Rostov do Don. Na sexta-feira passada, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que Moscou tinha entrado em acordo com Kiev sobre a entrega dos soldados, ressaltando que eles cruzaram a fronteira por erro, já que a área não possui sinalização.
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