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O Hamas executa 18 colaboradores depois do ataque a seus comandantes

A organização islâmica acusa todos de fornecerem informações a Israel

Um líder do Hamas reconhece o sequestro dos três jovens israelenses.Foto: reuters_live | Vídeo: REUTERS LIVE!

O Hamas matou 18 palestinos acusados de colaborar com Israel. Isso foi confirmado pela agência de notícias Al Ray, vinculada à organização islâmica, e pela própria televisão do grupo, que acrescentou que todos os mortos eram homens, que foram assassinados em uma delegacia da capital de Gaza e que anteriormente tinham sido “condenados pelos tribunais”. A agência Maan acrescenta que vários dos corpos foram localizados na rua, perto da Universidade de Al Azhar, enquanto outros foram levados ao hospital Al Shifa.

Na quinta, o Hamas já tinha matado outros três supostos colaboradores, parte de um grupo de sete detidos quando estavam “localizando informação para o inimigo”, indicou a rádio dos islâmicos. Outro homem foi morto a tiros em Rafah, no dia 13 de julho passado, pelo mesmo motivo, e o Centro Palestino pelos Direitos Humanos (PCHR, pela sigla em inglês) denuncia que há um grupo de mulheres presas, por serem suspeitas de apontar a Israel alvos para seus ataques aéreos, mas suas condições são desconhecidas.

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Estas execuções coincidem com a nova ofensiva israelense contra os comandantes do Hamas, que ontem eliminou a cúpula de seu braço armado - as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam - do sul de Gaza. Um dia antes, Israel tentou matar o máximo comandante deste setor, Mohammed Deif, um ataque no qual morreram sua esposa e dois de seus filhos, assim como três vizinhos. Nesta madrugada, ex-primeiro-ministro de Gaza, que governou até o pacto de um governo palestino de unidade em junho, Ismail Haniya, insistiu que o comandante está vivo e que a perseguição de Israel os “fortalece”. “Continuamos nosso caminho sem vacilar nem dar um passo atrás”, afirmou.

Nos territórios palestinos as leis ainda permitem a pena de morte em casos de colaboração com o inimigo. No entanto, há anos não são aplicadas na Cisjordânia. O Hamas mantém esta prática viva em Gaza, apesar de que supostamente uma condenação assim tenha de ser ratificada pelo presidente Mahmoud Abbas, o que nunca acontece. O PCHR lembra que as Nações Unidas denunciam constantemente o “obscurantismo” dos processos judiciais que impõem estas penas. “Os informantes são criminosos de guerra e merecem penas de prisão. Julgamentos justos podem salvar vidas inocentes”, sustenta esta ONG.

Na sexta-feira já foram pelo menos quatro mortos palestinos em um ataque no centro da Faixa. São 38 mortes desde terminou a última trégua na segunda-feira. A noite foi relativamente tranquila. Israel, segundo seu exército, atacou ao redor de vinte objetivos e quase não houve mais foguetes. Pela manhã, os projéteis voltaram a cair sobre o solo israelense, em um número ainda não divulgado. Deixam dois civis feridos, um moderado e outro leve, em Bersebá e Sderot.

No plano diplomático, o presidente palestino Mahmoud Abbas viajou ontem ao Qatar para se reunir com o líder político do Hamas, Khalid Meshaal, e hoje espera-se que chegue ao Cairo para se reunir com o presidente Abdul Fatah al-Sisi; seu governo é o mediador entre eles e Israel. França, Alemanha e Reino Unido, apoiados pelos Estados Unidos, estão promovendo uma resolução no Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo “imediato e sustentável”, que inclui um chamado ao fim do bloqueio em Gaza, informa a AFP.

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