Assange afirma que sairá “em breve” da Embaixada do Equador em Londres
O fundador do Wikileaks dá a entender, no entanto, que não vai se entregar
Julian Assange, que está há mais de dois anos refugiado na Embaixada do Equador em Londres para evitar sua extradição para a Suécia, afirmou, na manhã desta segunda-feira, que sairá “em breve” do local. Ele, no entanto, não esclareceu o prazo a que se referiu com a expressão “em breve” nem em que condições sairia: se vai se entregar às autoridades britânicas, se fugirá às escondidas ou se sua saída será resultado de algum acordo com as autoridades britânicas para poder abandonar o país sem ser extraditado.
O fundador do Wikileaks pareceu dar a entender que não pensa em se entregar quando explicou que espera sair logo, mas “talvez não pelos motivos que estão dizendo os jornais de Murdoch e a Sky neste momento”. A rede de TV Sky afirmou, nesta segunda, que Assange sairia da embaixada por motivos de saúde, um anúncio que pareceu ser uma conclusão de um de seus analistas, após uma entrevista muito pessimista de Assange publicada no fim de semana.
Pouco depois, Assange deu uma entrevista coletiva na Embaixada, ao lado do ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño. Em suas declarações, o fundador do Wikileaks enfatizou principalmente os problemas de saúde que o afetam por causa de sua reclusão, particularmente aqueles causados pela falta de exposição direta ao sol. Na entrevista publicada no domingo pelo The Mail on Sunday, Assange disse que os mais de dois anos que passou fechado no interior da Embaixada provocaram nele arritmia cardíaca, hipertensão e problemas pulmonares.
Na entrevista coletiva, Assange mencionou esses problemas e voltou a reclamar que já soma quatro anos sem liberdade, sendo mais de dois deles na Embaixada, apesar de nunca ter sido acusado de nada. As autoridades judiciais da Suécia querem que Assange seja enviado ao país para interrogá-lo e decidir se o acusam formalmente ou não por vários crimes de abuso sexual supostamente cometidos em agosto de 2010, dos quais é acusado por duas mulheres, entre eles um possível estupro.
Assange fugiu da Suécia para Londres no mesmo dia em que seria interrogado pela promotoria sueca.
Ele está refugiado na Embaixada do Equador em Londres desde 19 de junho de 2012 para evitar ser extraditado para a Suécia, alegando que as autoridades daquele país poderiam, posteriormente, extraditá-lo para os Estados Unidos.
Nesta manhã, o ministro Patiño acusou o Governo britânico de não querer encontrar uma solução diplomática para a situação de Assange.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.