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Cutrale e Safra fazem uma proposta para compra da Chiquita

O produtor de bananas dos EUA está em processo de fusão desde março com a irlandesa Fyffes

Bananas da Chiquita em um mercado de Washington
Bananas da Chiquita em um mercado de WashingtonPAUL J. RICHARDS (AFP)

A Chiquita tem um novo pretendente que pode acabar com a fusão com a irlandesa Fyffes. A fabricante brasileira de sucos Cutrale entra agora no jogo em uma aliança com o fundo de investimentos Safra Group para fazer uma oferta de 625 milhões de dólares (1,41 bilhão de reais) pelo controle da multinacional norte-americana.

A fusão da Chiquita com a Fyffes foi anunciada em março. A previsão é que daí surja a maior produtora de bananas do mundo, com uma fatia de mercado de quase 30%, superando a Dole Foods. Além disso, a operação está rodeada de polêmica porque permitirá à empresa norte-americana reduzir a carga fiscal ao se estabelecer em Dublin.

No entanto, a Cutrale entra com força. É a empresa dominante no mercado brasileiro, de longe a maior produtora de suco de laranja no mundo. O Safra, que administra ativos no valor de 200 bilhões de dólares, é a oitava instituição financeira no Brasil. Sua oferta conjunta equivale a pagar 13 dólares por ação da Chiquita.

O preço que colocam sobre a mesa representa assim um prêmio de 30% para os acionistas da Chiquita quando comparado com o valor do encerramento na sexta-feira em Wall Street. As duas empresas brasileiras garantem que a operação que propõem está sujeita a menos riscos e incertezas do que a apresentada pela Fyffes.

A oferta da Cutrale e da Safra tem, porém, data de validade. Esperam obter uma resposta da Chiquita até a sexta-feira. Se a opção brasileira vingar, isso significaria que a empresa norte-americana deixaria de ser negociada na Bolsa de Nova York, onde as ações se valorizaram 30% no início da sessão.

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