A Europa e os EUA preparam novas sanções contra a Rússia
Obama, Merkel, Cameron, Hollande e Renzi afirmam estar atentos a qualquer tipo de apoio militar de Moscou aos separatistas do leste da Ucrânia
A União Europeia e os Estados Unidos aceleraram nas últimas horas os projetos de novas sanções à Rússia, após considerarem comprovado o apoio militar direto de Moscou aos rebeldes separatistas ucranianos. Assim decidiram em conferência telefônica nesta segunda-feira o presidente dos EUA, Barack Obama, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente da França, François Hollande, e o premiê italiano, Matteo Renzi.
Depois desse contato, os mandatários expressaram “a intenção de adotar novas medidas contra a Rússia”, segundo um breve comunicado difundido no meio da tarde pelo Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa. No texto, consta que os cinco chefes de Governo mantêm uma estreita vigilância “sobre qualquer apoio militar direto que a Rússia possa oferecer aos separatistas durante os combates”.
O contato telefônico e o comunicado surgem um dia depois de as autoridades norte-americanas divulgarem fotos de vários sistemas de lançamento de foguetes supostamente usados a partir do território russo para bombardear zonas controladas pelo Exército ucraniano, perto da fronteira com a Rússia.
O texto do Eliseu acrescenta que, apesar de todos os apelos feitos a Vladimir Putin, os cinco mandatários lamentam o fato de que “a Rússia não pressionou suficientemente os separatistas para que decidam negociar, nem adotou as medidas solicitadas para assegurar o controle da fronteira russo-ucraniana”. Os cinco líderes reiteraram a necessidade de encontrar “uma solução política para a crise atual”.
A Rússia não pressionou suficientemente os separatistas para que decidam negociar, nem adotou as medidas solicitadas para assegurar o controle da fronteira russo-ucraniana Os cinco mandatários
Até o momento, os Estados Unidos adotaram as medidas mais duras contra a Rússia, sempre no terreno econômico. Na Europa, por outro lado, houve diversas tensões na hora de adotar posições mais contundentes, como exigem há meses os países do leste da UE. Além disso, a opção de ir mais longe contra Moscou também originou acalorados debates entre a França e o Reino Unido, entre outros. Enquanto Paris cobra de Londres uma ação contra os oligarcas russos estabelecidos na capital britânica, o Reino Unido lamentou publicamente que a França esteja a ponto de entregar à Rússia dois grandes navios de combate construídos em estaleiros franceses, um fato também criticado publicamente por Washington. Se as sanções contra Moscou crescerem e chegarem a um embargo armamentista, Paris enfrentará um importante problema político e financeiro.
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