Israel declara desaparecido um de seus soldados em Gaza
Fontes militares suspeitam que Oron Shaul está morto. O último soldado capturado foi trocado por 1.000 presos
O Exército de Israel confirmou nesta terça-feira o desaparecimento de um de seus soldados e o identificou como Oron Shaul, 20 anos. Fontes militares israelenses dizem que o soldado está morto. Na noite de domingo o grupo islâmico Hamas afirmou que tinha Shaul em seu poder, sem detalhar se ele estava vivo ou morto. O último soldado que caiu nas mãos do Hamas, Gilad Shalit, passou cinco anos no cativeiro em Gaza e em 2011 foi trocado por 1.000 prisioneiros palestinos.
O desaparecido pertencia a um grupo que no domingo foi atacado por milicianos do Hamas quando investia contra o bairro de Shiyaiya, em Gaza, em um blindado. Seus seis companheiros, todos com entre 19 e 24 anos, morreram; todos foram identificados, e suas famílias foram notificadas. A nota oficial do Exército indica que estão sendo feitos esforços para identificar o sétimo soldado. As mesmas fontes explicam que demoraram a divulgar essa informação porque estavam fazendo “esforços” para encontrar o desaparecido.
Justamente durante a noite de domingo as Brigadas Al Qassam, a ala armada do Hamas, reivindicaram a suposta captura de um soldado chamado Oron Shaul – identidade agora confirmada – e mostraram supostos documentos de identidade pertencentes a ele. Mesmo assim, algumas horas mais tarde, o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Ron Prossor, negou terminantemente que um soldado tivesse sido capturado.
Este novo golpe duro para as tropas israelenses se dá após uma noite em que morreram outros dois soldados, elevando o número total de militares israelenses tombados em Gaza para 27, o maior número de baixas desde a guerra de 2006 com o Líbano. Hoje pela manhã uma fonte militar confirmou que há 123 soldados feridos, pelo menos seis deles em estado grave.
Israel rejeita uma nova trégua temporária para a distribuição de ajuda humanitária
As Nações Unidas pediram uma trégua humanitária para esta terça-feira. As milícias do Hamas e da Jihad islâmica a aceitaram, mas Israel a recusou. A última dessas “janelas”, como Israel as descreve, foi aberta no domingo a pedido da Cruz Vermelha, mas durou menos que as duas horas previstas. Antes disso, na última quinta-feira, houve outra trégua temporária de cinco horas durante as quais os palestinos puderam sair às ruas para comprar comida e sacar dinheiro.
A ajuda humanitária da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), do Programa Mundial de Alimentos e do Crescente Vermelho, entre outras entidades, fretada pelos Emirados Árabes, está prevista para entrar na Faixa de Gaza nesta terça-feira, depois de ser descarregada na Jordânia. Vão chegar basicamente cobertores, colchões e kits de higiene para os civis. Os Estados Unidos também confirmaram esta noite uma ajuda de 47 milhões de dólares (103,4 milhões de reais) para a Faixa de Gaza.
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