A violência estoura entre os militantes dos dois grupos em Mariupol
Os milicianos pró-russos tentaram tomar a sede da polícia local
A violência que eclodiu em Mariupol, ao sul da província de Donetsk, deixou um rio de sangue de vítimas nesta sexta-feira, no mesmo dia em que a ofensiva do Exército para recuperar os bastiões rebeldes desacelerava no norte, ao redor de Slaviansk, e às vésperas de que o referendo de autodeterminação, convocado pela autoproclamada República de Donetsk, fosse realizado.
Segundo o Ministério do Interior ucraniano, cerca de vinte rebeldes pró-Rússia morreram hoje na cidade costeira ao tentar invadir a sede da polícia, onde foram repelidos por forças governamentais. Nenhuma fonte independente confirmou o número de mortos.
Há vários quilômetros de distância se avistava uma nuvem espessa de fumaça preta procedente do edifício, situado no porto, que é o segundo mais importante da Ucrânia e o principal da bacia mineira de Donbas. Enquanto isso, a cidade era cenário de tiroteios esporádicos entre ambos os grupos e da passagem frequente de blindados.
Kiev reconheceu a perda de um de seus homens durante o ataque à delegacia, que se desencadeou quando cerca de 50 "terroristas" (como o Governo denomina os milicianos rebeldes) tentou atacar o edifício onde, segundo os pró-russos, haviam esquartejado um grupo numeroso de agentes rendidos. O Ministério do Interior, por outro lado, assegura que o grupo de rebeldes está formado por milicianos "separatistas", a outra denominação utilizada para nomear os rebeldes pró-russos. Fontes rebeldes locais indicaram que a invasão da delegacia ocorreu quando o Exército, apoiado pela Guarda Nacional, abriu fogo contra uma massa de mil manifestantes que tentavam impedir a prisão dos supostos agentes rebeldes.
Informações prévias não contrastadas faziam referência a um número indeterminado de mortos, entre um e oito, durante os combates, centrados ao redor da delegação do Ministério do Interior na cidade portuária. Desde o começo da semana, os dois grupos lutam pelo controle de várias sedes oficiais em Mariupol, entre elas a Prefeitura, tomada consecutivamente pelos rebeldes e pelo Exército. Segundo fontes médicas, três pessoas morreram nos tiroteios registrados nesta sexta-feira, e 25 ficaram feridas.
Um jornalista do canal de televisão Russia Today foi ferido no estômago ao receber um tiro na região abdominal, apesar de estar com um colete à prova de balas, informou a direção do canal.
O Ministério de Defesa ucraniano anunciou nesta quinta-feira que continuará com sua ofensiva militar contra os principais bastiões pró-russos, independentemente da convocatória de referendo autonômico previsto para este domingo nas províncias pró-Rússia de Donetsk e Lugansk.
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