Nenhum candidato consegue a maioria absoluta nas eleições presidenciais afegãs
Abdullah e Ghani, ex-ministros de Relações Exteriores e Finanças, se enfrentarão no segundo turno, a não ser que cheguem a um acordo
O ex-ministro de Exteriores afegão Abdullah Abdullah obteve 44,9% dos votos nas eleições presidenciais do passado dia 5, segundo anunciou neste sábado a Comissão Eleitoral Independente. Dado que não supera o 50% exigido pela lei, tudo indica que os afegãos terão que voltar às urnas para eleger entre ele e o ex-ministro de Finanças, Ashraf Ghani, que ficou em segundo lugar com 31,5%. Embora também existe a possibilidade de que os candidatos cheguem a um acordo.
“Com os dados que analisamos até agora, poderia haver segundo turno, mas esperamos que não”, declarou Ahmad Yusuf Nuristani, o presidente da Comissão, durante uma conferência de imprensa retransmitida ao vivo por TOLOnews.
Os resultados não serão definitivos até dia 14 de maio, quando termine o período de alegações. Mesmo assim, Nuristani manifestou que a Comissão já está planificando, tanto financeira como logisticamente, a organização do segundo turno, que devesse ser celebrado duas semanas depois.
Zalmay Rassoul, considerado favorito do ex-presidente Hamid Karzai, conseguiu um modesto 11,5% dos votos. O resto dos oito candidatos em liza ficaram muito atrás. O ex-mujahidin (combatente) Abdul Rassoul Sayyaf ficou com 7,1%.
A possibilidade de uma partilha de poder nos bastidores foi considerada desde que os primeiros dados parciais adiantaram o resultado divulgado neste sábado. No entanto, a personalidade de Ghani torna difícil que ele aceite uma posição secundária em um Governo de Abdullah. O antigo ministro de Finanças e economista do Banco Mundial pode querer unir forças com Rassoul para cortejar o voto da etnia pashtun, a minoria maioritária (42% da população) que tradicionalmente governou o país.
Abdullah, que em 2009 denunciou a fraude nas eleições depois de ficar em segundo lugar com 30% dos votos, enfrenta a dificuldade de ser considerado tayiko (de origem persa-iraniano), apesar de que ele assegura que as origens de sua família paterna são de Candaar, a terceira maior cidade do Afeganistão. Muitos afegãos asseguram que os pashtunes não lhe aceitariam como presidente e que, em um segundo turno, votariam no seu rival.
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