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México e Panamá assinam um tratado de livre comércio

Presidente mexicano Peña Nieto assegura que as crises recorrentes ficaram para trás na América Latina

Alicia González
Peña Nieto e Ricardo Martinelli durante o Fórum Econômico.
Peña Nieto e Ricardo Martinelli durante o Fórum Econômico.Carlos Jasso (REUTERS)

Os presidentes do Panamá, Ricardo Martinelli, e do México, Enrique Peña Nieto, aproveitaram a realização do Fórum Econômico Mundial para a América Latina na Cidade do Panamá para assinar um acordo de livre comércio entre os dois países, após a retomada das negociações há menos de sete meses, e em meio a discussões e propostas sobre o tema que já duram 15 anos.

“Este é um tratado de terceira geração, com mais de 21 capítulos no acordo e que propiciará o incremento do comércio e dos investimentos entre os dois países”, afirmou Martinelli. Segundo o dirigente panamenho, esse acordo facilitará a adesão do país à Aliança do Pacífico, o bloco comercial formado por México, Colômbia, Peru e Chile. Em 2013, o comércio entre México e Panamá superou 1 bilhão de dólares, segundo dados da delegação mexicana, mas o país norte-americano tem investimentos por mais de 2 bilhões de dólares no Panamá.

Junto com o acordo de livre comércio, ambos os países assinaram também um memorando de entendimento em matéria de turismo e outro pacto de cooperação para a certificação sanitária de seus medicamentos. “Graças à abertura comercial, a América Latina é hoje muito diferente daquelas épocas marcadas pelas crises recorrentes, e agora atravessa uma etapa de crescimento sustentável e bem-estar social”, comentou Peña Nieto. A seu julgamento, o México é o país mais aberto ao comércio da América Latina e isso permitiu que enfrentassem a recente crise financeira em melhores condições que no passado.

Durante seu discurso ante o plenário do fórum, o presidente do México defendeu sua política de reformas estruturais como via para elevar o crescimento potencial da economia, que nos últimos anos cresceu 2,4% em média. “Eram reformas que tinham sido adiadas havia muitos anos e que eram de abordagem imprescindível”, lembrou o responsável mexicano. Peña Nieto descartou que a abertura do setor das telecomunicações que acaba de ser aprovada vá propiciar a entrada no setor de investimentos estrangeiros diretos, “salvo que tenha reciprocidade com o país que pretende levar a cabo o investimento no mesmo setor e na mesma proporção”.

O México sediará no próximo ano a décima edição do Fórum Econômico Mundial para a América Latina.

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