Justiça brasileira pede ao Santos toda a documentação da venda de Neymar
Clube diz que recebeu ofício do Ministério Público datado de 20 de março apenas nesta quarta-feira. Órgão dá dez dias ao clube para uma resposta
O Santos, ex-equipe brasileira de Neymar, afirmou ter recebido apenas nesta quarta-feira a solicitação da Justiça espanhola para o envio do contrato do atacante com o clube. A requisição, feita por intermédio do Ministério Público Federal do Brasil, dá 10 dias ao presidente santista em exercício, Odílio Rodrigues, para o encaminhamento da documentação.
Além do contrato com Neymar, o Santos deverá enviar “toda a documentação que lhe foi remetida pelo Barcelona e que se encontre relacionada com a contratação do jogador, incluindo, se existir, uma suposta carta por parte do presidente (...) Sandro Rosell” dirigida a Rodrigues, “com data de 19 de julho de 2013, na qual expunha os valores da operação”.
O Santos afirma que, apesar de o ofício do Ministério Público brasileiro apresentar a data de 20 de março, chegou ao clube apenas seis dias depois, e se compromete a remeter a documentação ainda nesta quinta-feira. O envio deverá ser feito à Secretaria de Cooperação Jurídica Internacional da entidade brasileira.
Sob o título “Cooperação Espanha/Brasil”, o documento recebido pelo Santos, assinado pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, aponta como motivação dar cumprimento à solicitação de assistência jurídica proveniente do Juízo Central de Instrução número 5 de Madri, “vinculada a uma investigação por suposto crime de apropriação indébita”.
Nesta mesma quarta-feira, o juiz Pablo Ruz, da Audiência Nacional espanhola, refutou a pretensão do clube brasileiro de exercer uma denúncia no processo aberto no país europeu contra o Barcelona e Rosell. Seguindo os critérios da promotoria e da própria agremiação catalã, Ruz não considerou o Santos parte prejudicada.
O caso Neymar, que investiga denúncias de irregularidades na contratação do brasileiro pelo Barcelona em maio do ano passado, como a sonegação do valor real pago pelo jogador, já resultou na renúncia de Rosell da presidência do clube catalão em janeiro passado.
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