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Yanukovich nega a legitimidade do Parlamento ucraniano na Rússia

O presidente deposto da Ucrânia afirma que o Parlamento atuou sob pressão da população

O presidente deposto, Víctor Yanukóvich, em uma entrevista coletiva.
O presidente deposto, Víctor Yanukóvich, em uma entrevista coletiva.M. S. (REUTERS)

O presidente ucranio Victor Yanukovich afirmou que o Parlamento da Ucrânia carece de qualquer legitimidade, já que atua sob a pressão popular. O ex-presidente fez essas declarações em uma conferência de imprensa televisionada na localidade russa de Rostov del Don.

Yanukovich afirmou: "Ninguém me derrubou... Tive de abandonar a Ucrânia pelas ameaças contra a minha vida e minha família." O ex-presidente, destituído no dia 22 de fevereiro pelo Parlamento ucraniano, disse que o poder em Kiev "foi usurpado por nacionalistas e pró-fascistas, bandidos...que são a absoluta minoria dos habitantes da Ucrânia".

Ele afirmou que não pedirá ajuda militar a Moscou para tratar de voltar ao poder em seu país. "Considero que toda ação militar nesta situação é inadmissível", disse, ao mesmo tempo em que acrescentava que voltará à Ucrânia assim que tiver garantias de segurança, inclusive internacionais, para ele e sua família.

O ex-presidente também denunciou o não cumprimento dos acordos alcançados no dia 21 de fevereiro com a oposição "com a mediação" da França, Alemanha, Polônia e Rússia e acusou o Ocidente de ter "alimentado" o movimento de protesto antigovernamental Euromaidán.

A Promotoria Geral da Ucrânia anunciou nesta sexta-feira que pedirá a extradição de Yanukovich, que está sendo acusado de um suposto assassinato em massa e premeditado, e de abuso de poder. O Parlamento pediu nesta semana à Corte Penal Internacional (CPI), sediada em Haia, que processe o presidente deposto e soltou uma ordem de busca e prisão internacional contra ele e outros antigos altos funcionários por crimes contra a Humanidade.

As novas autoridades acusam de assassinato em massa os cidadãos ucranianos durante as ações de protestos em massa no período compreendido entre o dia 21 de novembro e o dia 22 de fevereiro de 2014. Durante a coletiva de imprensa na Rússia, Yanukovich negou que tenha autorizado a policial a disparar contra manifestantes em Kiev. No entanto, lembrou que o batalhão antichoque usou armas "em legítima defesa".

O presidente aterrissou nesta quinta-feira pela noite em um aeroporto militar do sul da Rússia escoltado por caças, segundo informou uma agência local. Segundo a imprensa local, que cita fontes próprias, Yanukovich está alojado em instalações privadas, não em uma residência governamental para altos funcionários e não há forças de segurança adicionais na cidade. O Governo russo aceitou oferecer proteção a ele.

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