A equação de Diego Costa
Os veteranos alvirrubros acham que, se o atacante hispano-brasileiro mantiver sua eficácia, o Atlético disputará a Liga
Nenhum atacante da Liga joga tão no limite do impedimento como Diego Costa, sempre muito atento ao momento de iniciar a corrida para desvencilhar-se dos adversários. A maioria das sequências dos 21 gols que anotou, 17 na Liga e quatro na Champions, correspondem a uma arrancada que é tão devastadora se for curta ou longa.
É o diferencial, faz tudo, marca de cabeça, com a direita, com a esquerda... Parecia lento, mas é habilidoso
José Eulogio Gárate
Ele foi visto marcando depois de uma carreira de 50 metros, como no domingo passado diante do Valencia (3 x 0), ou depois de uma escapulida de cinco metros, e mais explosiva, como fez no gol contra o Real Madrid, no Barnabéu (0 x 1). “É muito valente nos dribles de apoio ou de descolamento. Sabe arriscar e quando sair”, diz o ex-atacante alvirrubro Manolo, artilheiro da Liga na temporada 1990-91, com 26 gols. Essa facilidade para correr no espaço sem incorrer em impedimento (sua média não chega a um por partida) é definitiva neste Atlético que rouba e dispara à frente para executar o contragolpe. “É muito inteligente para ganhar as costas dos zagueiros centrais”, elogia José Eulogio Gárate, um dos grandes centroavantes da história do Atlético: “É fora de série, faz tudo, marca de cabeça, com a direita, com a esquerda... Parecia lento, mas é habilidoso.”
“Está naquele ponto em que os artilheiros sabem que estão no seu momento, que tudo o que chutarem a gol entra. Não tem limites”, opina Manolo, que fala de um jogador “com um crescimento superlativo”.
Empatado com Cristiano Ronaldo na artilharia, há a sensação de que, se Diego mantiver essa média como goleador, o Atlético – que recebe neste sábado o Levante (às 17h, hora de Brasília) – vai estabelecer uma equação que poderia desembocar no título da Liga. “A equipe sofre poucos gols, e a contribuição de Diego a está levando a uma média de quase três gols por partida. É preciso considerar também a sua liderança. Já na segunda metade da temporada passada foi o pilar que sustentou a equipe. Só de olhar a partida com o Valencia você percebe o que ele significa agora. Carregou o peso da equipe.” “Eu prefiro esperar. Com essa média de gols em setembro, seria possível dizer que talvez pudesse brigar pelo título; em novembro, que talvez; e se em janeiro e fevereiro continuar igual, aí sim se poderá dizer que o Atlético é candidato firme ao título, porque seus números serão os de um atacante de equipe campeã”, acrescenta Quique Estebaranz. “Além do mais, há ainda o que Villa poderá fazer, e os meio-campistas e Raúl García”, prossegue. “É um jogador especial, uma delícia, é preciso valorizar essa quantidade de gols, porque se mantiver essa pontaria o Atlético vai estar muito perto de disputar o título”, conclui Enrique Collar, outra lenda vermelha e branca.
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