Os 19 melhores aplicativos do ano
Para pintar, “Toca Mini”; para jogar, “Candy Crush”; para correr, “Runstatic”; e para engravidar, “Glow”
Bilhão a mais, bilhão a menos, os internautas do mundo baixaram neste ano 102 bilhões de aplicativos, o dobro do que um ano antes, segundo a Gartner.
O público pode escolher entre 1 bilhão de aplicativos diferentes, a maioria concentrada nas lojas AppStore, da Apple (aparelhos com sistema operacional iOS), e Google Play (sistema Android), embora eles também existam para Windows, Blackberry e Amazon. As duas primeiras repartem 90% do mercado. Há muito mais deles para smartphones do que para tablets, embora com estes as pessoas tendam a comprar mais e mais caro do que nos celulares.
Esta é a época de retrospectivas do ano, e cada um escolhe seus favoritos. O site espanhol The App Date, dedicado aos aplicativos, escolheu o videoconto Los Ríos de Alice, como o melhor do ano. A Apple há alguns dias destacou o Circa, mas na Espanha, em número de downloads, vence o entretenimento infantil Pou.
Os aplicativos infantis, educativos e de saúde são valores seguros. Por eles as pessoas pagam, embora a tendência seja a gratuidade. São cada vez mais numerosos, e assim continuará sendo. Mas, embora pareça contraditório, cada vez se gasta mais em aplicativos (61 bilhões de reais, frente a 42 bilhões no último ano). O motivo é ser grátis no começo, e depois, se você quiser se aprofundar (ou ter mais armazenamento, caso do Evernote; ganhar vidas, caso dos jogos), precisa pagar. Esse sistema representa hoje 11% do faturamento, mas em 2017 chegará a 48%.
Os internautas do mundo baixaram-se neste ano 102 bilhões de aplicativos, o dobro que há um ano
Para a otimização dos aplicativos, em geral aconselham-se quatro condições: ter smartphone ou tablet, conexão constante à internet, estar nas redes sociais e permitir acesso à localização pessoal.
Em comparação aos aplicativos clássicos (Google Maps, Dropbox, WhatsApp...), que continuam acompanhando o ritmo de expansão dos smartphones, muitos nasceram (Glow) ou surpreenderam (caso do Line e do Candy Crush) neste ano. Aqui se indica uma seleção dos mais destacados, sem que, num mundo de 1 bilhão de aplicativos, se tenha a pretensão de que sejam os 19 melhores do ciberespaço.
TheConverted. Litros em galões, dólares em libras, euros em ienes, metros em pés… Um aplicativo para converter pesos, medidas, cotações e questões cotidianas de maneira clara e dinâmica. Basta escolher os dois parâmetros a comparar para obter resultados em tempo real. Só para iOS. 2,99 dólares.
Runtastic. Aplicativos para registrar e animar o exercício físico existem muitos, mas este é dos melhores, por ser fácil e completo. É gratuito e para qualquer sistema, embora haja versões Pro para aqueles que queiram ampliar o acompanhamento a outras atividades além da corrida, ou incluir mais parâmetros.
Tocamini. Não há 2,99 dólares mais bem gastos. Um aplicativo em que as crianças brincam escolhendo cada feição do rosto e as roupas do corpo com múltiplas cores e complementos. É menos bobo do que parece, porque é possível criar bonecos com as características que se desejar, inclusive alguns aterrorizantes, aproveitando diferentes modelos de penteado, olhos e bocas. Tantos modelos quanto a própria imaginação. Está em iOS e Android. É uma delícia.
Dots. Um jogo que consiste basicamente em juntar pontos da mesma cor em 60 segundos. É bom, é grátis e gera uma sensação estranha, vicia. Em dezembro chega uma versão para jogar sem limite de tempo, mas com um número fixo de movimentos; relaxe e leve o tempo necessário planejando jogadas estratégicas. Com o Dots também se pode vencer os amigos no modo multijogador local. Cada ponto ganho do adversário pode ser gasto em poderes especiais. Usados cuidadosamente, estes poderes podem fazer aumentar a pontuação. Para iOS e Android.
Candy Crush. Algo tão simples como unir três doces da mesma cor em um tabuleiro quadriculado chega a obcecar tanto quanto aquelas peças retangulares do Tetris. As balas-bombas, o infatigável chocolate e a incômoda gelatina são os inimigos mais temidos desta explosão de açúcar. Cada jogador conta com cinco vidas para superar o desafio, seja uma quantidade de pontos com limitação de movimentos ou tempo, ou uma série de combinações concretas. Quando elas acabam, é preciso recorrer aos amigos para ter mais oportunidades ou comprar um pacote de cinco adicionais por 0,99 dólar. Ou então esperar uma hora e meia até que o estoque seja reposto. A cada meia hora se recupera uma, mas não se acumulam. O título nasceu em meados de 2011, como um jogo on-line que consistia em um só nível. Em abril de 2012, ao associá-lo ao Facebook, acrescentaram um sufixo, Saga, e uma multidão de níveis em forma de mapa; mas este é o ano da sua explosão, com 485 níveis e 150 bilhões de partidas jogadas. O momento em que mais se joga é das seis às nove da noite. O dia com mais atividade é no domingo. Entre os jogadores, 78% declaram jogar vendo TV, e 61% no transporte público.
Grand Theft Auto: San Andreas. O quinto título da saga GTA, nascido em 2004 para o PlayStation 2, volta ao celular nove anos depois, com controles melhorados e mais de 70 horas de jogo. É tecnicamente muito exigente e custa 6,99 dólares, mas vale a pena. Por enquanto, só funciona em celulares e tablets da Apple, mas está sendo preparado seu salto para o Windows Phone e o Android.
Ted Conferences. O aplicativo oficial do Ted apresenta palestras de algumas das pessoas mais fascinantes do mundo: educadores radicais, gênios da tecnologia, médicos inconformistas, especialistas em negócios e lendas da música. Mais de 1.300 vídeos e áudios das TEDTalk com atualizações semanais. Um repositório impagável de pensamentos heterodoxos que, em muitas ocasiões, viraram realidade. Muito interessante, mas é preferível saber inglês.
Line. As redes sociais não começam nem acabam no Facebook; inclusive elas mudam. O Line nasceu no Japão em 2011, mas neste ano cresceu de 100 milhões para 300 milhões de usuários. É uma rede original. Funciona em todos os sistemas de celulares e também de computadores. Permite fazer chamadas de voz, como se fosse por telefone, através da rede de dados. Ou seja, aproveita o melhor do Skype, do Viber e do Tango, mas também a facilidade de uso e imediatismo do WhatsApp. Sua verdadeira inovação é a capacidade de ser uma plataforma. O Line é grátis, e muitos de seus complementos, baixados como aplicativos independentes, também. Pode-se desenhar à mão livre em tempo real, fazer uma foto e incluir retoque ou molduras cômicas, e inclusive disputar partidas de jogos de habilidade.
Snapchat. Mais direto que WhatsApp e mais privado que o chat do Facebook, que tentou sem sucesso adquiri-lo. O aplicativo preferido dos jovens é grátis, funciona em quase todos os celulares, e as conversas desaparecem em 24 horas – ou antes, se o usuário assim programar.
Vim. O vídeo arrasa na internet, e as redes sociais aderiram ao fenômeno em 2013. O Vim realiza vídeos de 6 segundos e os publica no Twitter. O processo de publicação é simples, associando-o à conta do Twitter. Depois, basta apertar e gravar minissequências de dois segundos. Só grava quando se deixa o dedo sobre a tela; antes de publicar, junta os vídeos. Depois o Instagram copiou a ideia com vídeos de 3 a 15 segundos, com publicação automática via Facebook.
Lift. O aplicativo das boas intenções. Lerei 30 minutos por dia, andarei uma hora, darei descarga no banheiro, beberei mais água, ligarei para os meus pais…. Metas com as quais a gente se compromete, e que o Lift se encarregará de lembrar de forma bem humorada – e não só o Lift como também sua rede de amigos e contatos. Para iOS e Android, é grátis e muito simples, e foi desenvolvido por um dos fundadores do Twitter.
Glow. O fundador Max Levchin (criador do Paypal) diz que em apenas seis meses de atividade mil mulheres já engravidaram graças a esse aplicativo. Talvez também tivessem engravidado sem ele, mas o fato é que esse aplicativo pede que as mulheres registrem diariamente sua temperatura basal, seus ciclos menstruais e seus sintomas para que o aplicativo, em conjunto com o Big Data, prediga com exatidão o melhor dia para a concepção. Está só no iOS e é grátis.
The Cave. Uma nova aventura gráfica, cheia de humor e com um argumento bem apresentado, do criador de Monkey Island, Rum Gilbert. O jogador precisa escolher três entre sete exploradores para confrontar com sucesso os mistérios da Caverna, cheia de quebra-cabeças e desafios de habilidade. Só funciona nos modelos mais avançados de iPod Touch, iPad e iPhone. Custa 4,99 dólares.
Evernote. Phil Libin, o criador do aplicativo transformado em plataforma, é um dos personagens do ano por sua capacidade de fazer um caderno de notas digital virar um aplicativo imprescindível em celulares, tablets e ordenadores. É grátis desde que não se supere os 50 megas mensais de transferência de arquivos. Quanto mais se usa, mais se transfere, mas uma vez que se começa a usá-la é difícil deixá-lo. O negócio perfeito. Prático, rápido e simples.
Swype. O ato de teclar vai acabar. Esse deveria ser o slogan de um dos programas mais práticos de todo o Google Play. Se o teclado-padrão do Android é difícil de dominar, o Swype o adapta à forma de escrever de cada um. Basta deslizar o dedo fazendo um traçado entre as letras para que elas apareçam. É capaz de reconhecer palavras em vários idiomas de maneira automática, mas só na versão paga (9,28 reais). A gratuita se limita a uma língua.
Snapseed. Um potente editor de fotos para celulares e tablets, tanto da Apple como em Android. Deixou de ser uma das opções mais caras e se tornou grátis depois de passar para as mãos do Google. Vale a pena brincar com os diferentes retoques, inclusive os automáticos, para ver novas possibilidades das imagens.
Frontback. Uma imagem com a câmara frontal e outra com a traseira. Parece simples, mas dá muito jogo, tanto que é o aplicativo de moda no Vale do Silício, cujos gurus o experimentam em churrascos e passeios. Conecta-se com o Facebook, Twitter, Instagram e FourSquare. É grátis, mas por enquanto só há versão para iPhone.
Circa. Estar informado do que acontece ao redor, mas sem agonia. O aplicativo, grátis tanto em iPhone quanto em Android, permite baixar o conteúdo para ler quando você estiver sem conexão. Os editores do Circa fazem sua própria seleção, mas também é possível pedir alertas com temas de interesse e depois compartilhar a leitura em redes sociais.
Duolingo. Aprender um idioma não tem por que ser uma tortura, ao menos isso é o que propõe esse método cheio de estímulos e reforço positivo. Começou com o inglês, e já ganhou versões em alemão, francês, espanhol, italiano e português. É grátis em celulares e tablets da Apple e Google, e também no computador. A comunidade ajuda a superar metas e praticar. Só se paga por aulas ou temas muito específicos.
Feedly. Ganhou fama depois do fechamento do Google Reader, pois foi o aplicativo preferido para fazer a migração de assinaturas de blogs, gratuitamente. Em tablets fica melhor do que em celulares. Simples, limpo e claro, ajuda a ler o conteúdo social de forma ordenada.
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