_
_
_
_

Biden pede que China tome medidas para diminuir a tensão na Ásia-Pacífico

O presidente dos EUA afirmou em uma reunião com 60 executivos norte-americanos que o anúncio do estabelecimento de uma nova zona de defesa aérea causou 'apreensão na região'

O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, em Pequim durante um encontro com empresários.
O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, em Pequim durante um encontro com empresários.Lintao Zhang/POOL (EFE)

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu nesta quinta-feira que a China deve tomar medidas para diminuir a tensão na região Ásia-Pacífico a fim de proteger sua crescente participação na paz e na estabilidade regionais. "O recente e repentino anúncio chinês do estabelecimento de uma nova zona de identificação de defesa aérea, para dizer o óbvio, causou uma apreensão significativa na região", disse ele a um grupo de cerca de 60 executivos sêniores norte-americanos em Pequim, na segunda etapa de uma viagem pela Ásia de uma semana, que começou na segunda-feira em Tóquio, de acordo com a agência de notícias France Press. "E fui muito direto sobre nossa posição firme e nossas expectativas em minhas conversas com o presidente (chinês) Xi (Jinping)".

Biden afirmou que tratou detalhadamente do assunto durante as cinco horas e meia de diálogo que manteve ontem com Xi e que lhe manifestou uma profunda rejeição de Washington a uma medida que, segundo disse, rompeu o status quo no Mar da China Oriental e provocou inquietude em vários países da região, como Japão, Coreia do Sul e Filipinas.

Pequim declarou no mês passado que havia criado uma "zona de identificação de defesa aérea" (ADIZ, na sigla em inglês) sobre ilhas desabitadas e disputadas com o Japão, que as chama de Senkaku, enquanto os chineses as denominam Diaoyu. O arquipélago, que abriga importantes recursos pesqueiros e de gás, é administrado pelo Japão.

A nova normativa exige que os aviões que sobrevoam a área informem seus planos de voo ao governo chinês. Os Estados Unidos e o Japão se negaram e enviaram aviões militares diversas vezes à região desde então.

Um funcionário da Casa Branca reiterou na quarta-feira, após os encontros de Biden com os líderes chineses, que Washington não reconhece a zona de defesa aérea chinesa e que é crucial que Pequim não realize nenhuma ação relacionada à zona que possa aumentar a tensão regional.

A China argumenta que a demarcação, que se sobrepõe àquela criada pelo Japão na década de 1960, foi estabelecida para reduzir o risco de mal-entendidos. O Ministério das Relações Exteriores chinês disse hoje em um breve comunicado que durante as reuniões com os líderes chineses, eles disseram a Biden que esta nova zona de defesa aérea "está em conformidade com a lei internacional" e que os EUA "deveriam adotar uma atitude objetiva e justa e respeitá-la." Após o anúncio da medida chinesa, Washington rapidamente manifestou apoio a seu aliado Japão, com que tem um tratado de segurança que inclui as ilhas Senkaku/Diaoyu. Mas, desde então, os norte-americanos têm tentado acalmar a situação e reafirmaram a necessidade de desenvolver a confiança entre Washington e Pequim.

O tema da zona aérea de defesa dominou a agenda de Biden em sua viagem pela Ásia, que incluiu hoje uma reunião com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang. Depois de Pequim, o vice-presidente norte-americano começa hoje sua terceira e última escala de sua viagem na Coreia do Sul, que também tem se incomodado com a ADIZ.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_