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Messi: “Dedico aos que estão ao meu lado nos momentos ruins, e ao vestiário”

Depois de marcar 46 gols na temporada 2012-2013, o argentino se torna o primeiro jogador a ganhar três Chuteiras de Ouro e recebe o troféu em Barcelona

Messi recolhe a Bota de Ouro junto a Stoichkov.Foto: atlas | Vídeo: andreu dalmau
Juan I. Irigoyen

A temporada corre com um sabor agridoce para Lionel Messi. Seu Barcelona caminha invicto pela temporada; no entanto, ele manca. O argentino machucou-se e não voltará a correr pelos campos até o ano que vem. No entanto, hoje recebeu um mimo, fruto que colheu do passado. Graças a seus 46 gols na temporada 2012-2013, esta manhã o camisa 10 foi premiado com a Chuteira de Ouro, distinção que lhe consagra como o maior artilheiro de todos os campeonatos europeus. É a terceira vez que recebe o prêmio, um recorde.

“Estou melhor, progredindo um pouquinho, e, por sorte, já sem dor”, disse Messi, vestindo um chamativo paletó azul com flores. “Não me dei um dia específico para voltar”, explicou o argentino sobre sua lesão. “Não é meu objetivo ganhar outra Chuteira de Ouro, não foi nem quando estive bem. Meu objetivo é fortalecer meu corpo para poder voltar jogar tranquilo”.

Estou melhor, progredindo um pouquinho, e, por sorte, já sem dor Messi, sobre sua lesão

“Dedico à minha família, que sempre está comigo, aos que estão ao meu lado nos momentos difíceis e duros; ao vestiário, que aproveito para agradecer aos meus colegas que vieram, porque sem eles eu não conseguiria esse prêmio, nem os anteriores”, assegurou Messi, que foi acolhido por Rosell, Tata Martino, Puyol, Piqué, Xavi, Pinto, Cesc e Adriano. “O Barça não mudou sua filosofia, mas cresceu como equipe. Sempre buscando novas variantes”, acrescentou Leo sobre o estilo de jogo da equipe de Martino.

O argentino recebeu sua terceira Chuteira de Ouro – 2009-2010 (34 gols) e 2011-2012 (50) –, a segunda consecutiva, e é consagrado como o jogador com mais distinções, a frente de outros grandes prêmios, incluindo dois artilheiros da Europa (Eusebio, 1967-1968, 1972-1973; Müller, 1969-1970, 1971-1972; Georgescu 1974-1975, 1976-1977; Gomes, 1982-1983, 1984-1985; McCoist, 1991-1992, 1992-1993; Jardel, 1998-1999, 2001-2002; Henry, 2003-2004, 2004-2005; Forlán, 2004-2005, 2008-2009; e Cristiano Ronaldo, 2007-2008, 2010-2011).

“Messi precisa descansar mentalmente e que a imprensa lhe deixe em paz”, assegurou Stoichkov, que lhe entregou o prêmio, em sua chegada à antiga fábrica de Estrela Damm onde celebrou a entrega da Chuteira de Ouro. O ex-jogador do Barça não mordeu a língua e expressou o que pensa sobre a Bola de Ouro: “Está feito, e isso me deixa doente. Platini move-se bem e Ribéry é francês e ganhou muitos títulos”. A FIFA prorrogou o prazo de votação para a Bola de Ouro de 2013, que terminava na sexta-feira passada.

Não passou por alto entre os assistentes a decisão da FIFA, que anunciou ontem, depois da classificação de Portugal para o Mundial com três gols de Cristiano Ronaldo, que prorrogava o prazo de votação para a Bola de Ouro de 2013, que finalizava na sexta-feira passada. Desta maneira, os treinadores e capitães das seleções FIFA e os jornalistas têm tempo para votar até o próximo 29 de novembro. Em 9 de dezembro se saberá quem são os três finalistas. Se dependesse do presidente do Barcelona, Sandro Rosell, não teria mais que um nome: “Se a gente vota pelo que se viu no ano passado, porque isto se refere ao ano passado, sem fazer caso de pressões políticas, nem midiáticas, a Bola de Ouro deveria ser para Leo. Eu votaria primeiro em Leo, depois em Leo e depois mais em Leo”.

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