Rumos, não só lamentos
Quem sabe no entremear de alianças partidárias para aumentar o tempo de televisão, ainda se consiga ouvir a voz dos candidatos, mas não apenas com slogans e sim com propostas
Quem sabe no entremear de alianças partidárias para aumentar o tempo de televisão, ainda se consiga ouvir a voz dos candidatos, mas não apenas com slogans e sim com propostas
O assassinato de Marielle é um alerta. Deve nos fazer lembrar que está em jogo a possibilidade ou não de avançar na construção de uma sociedade decente no Brasil.
Por temperamento e convicção, busco ouvir e respeitar não só os “nossos”, mas os “outros” Por que não haveria de saudar a pré-disposição de Luciano Huck em participar da vida política?
Com a desmoralização da “classe política”, se houver alguém capaz de comover as massas, pode ganhar
Não há fé cega na razão ou nos bons propósitos que barre o irracional, se não se criarem alternativas que impeçam o pior de prevalecer, pela guerra ou pelo voto
Não há razão para um partido como o PSDB repudiar o apoio que deu ao governo de transição, nem muito menos para, dentro ou fora do governo, deixar de votar a agenda reformista
As marcas do que aconteceu nos últimos anos serão grilhões nos pés de partidos e candidaturas
Toda vez que existem fraturas entre os grandes do mundo se abrem brechas para as “potências emergentes”
O polo progressista, radicalmente democrático, popular e íntegro precisa se “fulanizar” em uma candidatura que em 2018 encarne a esperança
Há algo de novo no ar e não apenas nas plagas brasileiras. Uma nova sociedade está se formando e não se vê claramente que instituições políticas poderão corresponder a ela
É preciso dar uma oportunidade de reflexão a quem está no governo. E se a decisão do TSE tornar vaga a presidência, manda a Constituição que a eleição seja indireta
O Congresso pode ajudar, aprovando na Câmara, projetos que já transitaram pelo Senado, como o que institui a cláusula de barreira
O muro proposto pelo Governo dos EUA separa não apenas o México: separa os latino-americanos e os americanos adversos à insensatez de Trump
Controle da inflação e das contas são pré-requisitos para que políticas para os mais pobres perdurarem
Diversamente do progressismo do século XVIII, centrado no indivíduo, e do XIX, centrado na classe, o atual deve se centrar em pessoas que nascem e vivem “em redes”
Precisamos de uma candidatura presidencial que seja fiscalmente responsável, socialmente progressista e culturalmente liberal
Devemos demonstrar que podemos reinventar o significado e os rumos de nossa política
A política requer desprendimento e grandeza
A legislação partidária e eleitoral criada a partir da Constituição de 1988 não corresponde mais aos anseios do povo, nem cria as condições de governabilidade que a sociedade requer
O governo pós-impeachment não é do PSDB e não deverá ser monopólio de qualquer partido, mas uma emergência nacional
A sociedade impõem que se comece logo a reconstruir o futuro. Haverá líderes capazes de tal proeza?
Dentre as medidas fundamentais a serem aprovadas, a principal é, obviamente, a reformulação da legislação partidário-eleitoral
Que medida no presente pode ser mais “de esquerda” do que recuperar o emprego e o poder de compra da maioria da população?
Há sinais de esperança. Comecemos 2016 com ânimo, imaginando que pelo melhor meio disponível (renúncia, retomada da liderança presidencial em novas bases, ou, sendo inevitável, impeachment ou nulidade das eleições) encontraremos os caminhos da coesão nacional
Seja qual for o caminho de superação do impasse, com ou sem a Presidente, precisamos promover a coesão nacional
Não é de um golpe que se precisa. Precisa-se do reconhecimento explícito da situação em que nos encontramos, e para isso é preciso rever o que a sociedade espera do Estado e o que este, pode e deve fazer para melhorar as condições de vida do povo
Passou da hora para o 'lulopetismo' reconhecer que controlar a inflação e respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal nada tem a ver com neoliberalismo