Caixa 2, reforma do sítio e Angola: as acusações contra Lula enviadas a Sérgio Moro
Edson Fachin remete cinco acusações contra petista à Justiça do Paraná. Uma sexta vai para São Paulo
O relator da Operação Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, remeteu ao juiz Sérgio Moro cinco pedidos de investigação contra o ex-presidente Lula. As petições se referem à suposta atuação do petista para favorecer o Grupo Odebrecht em Angola, a pagamentos de palestras ao ex-presidente feitos pela empresa e considerados suspeitos e à reforma feita pela empresa de um sítio em Atibaia, de uso da família Lula, além de pagamentos para facilitar a aprovação de uma Medida Provisória que beneficiaria a empreiteira e o suposto pagamento de uma espécie de mesada ao irmão de Lula pela empresa. Os novos pedidos aumentam a pressão sobre o petista, que já é réu em cinco processos, sendo três no âmbito da Operação Lava Jato.
Um quinto pedido de abertura de investigação de Lula enviado ao Paraná envolve também Dilma Rousseff. Delatores afirmaram que Lula teria se comprometido a melhorar a relação entre o Grupo Odebrecht e a então presidenta petista em troca do apoio da empreiteira à empresa do filho de Lula, Luís Cláudio da Silva.
Fachin remeteu à Justiça de São Paulo uma sexta petição envolvendo Lula. Trata-se da suspeita de caixa 2 para beneficiar a campanha do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Os valores teriam sido enviados ao marqueteiro João Santana, por intermédio de Lula, em contrapartida à aprovação de medidas legislativas favoráveis aos interesses da empreiteira e benefícios fiscais para a companhia na cidade de São Paulo.
Além de Lula, a bancada do PT no Senado foi atingida em cheio: quatro dos 10 parlamentares petistas serão alvo de inquérito. Dentre eles Lindbergh Farias (RJ), cotado, ao lado de Gleisi Hoffmann (RS), para disputar a presidência da legenda. Ela já é ré no Supremo em outro processo da Lava Jato. Os senadores Humberto Costa (PE), Paulo Rocha (PA) e Jorge Viana (AC) completam a relação de petista na lista de Fachin. Eles são acusados de receberem propinas e doações em caixa 2 da empreiteira Odebrecht.
O governador do Acre, Tião Viana, também consta na lista dos petistas atingidos pela lista de Fachin. Segundo o Ministério Público, a campanha do petista em 2010 teria sido irrigada com 2,5 milhões de reais em doações oficiais da Odebrecht oriundas de uma cota de propina destinada ao PT. Os valores teriam sido pedidos pelo irmão de Tião, o senador Jorge Viana (PT-AC). Nas planilhas da Odebrecht, Tião aparece com o apelido “Menino da Floresta”.
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