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‘Rogue One’, os pontos-chave da nova aventura galáctica

Onze pistas sobre a nova entrega de universo Star Wars, que chega aos cinemas na quinta-feira, sem desvelar nenhum ‘spoiler’

Gregorio Belinchón
A Estrela da Morte, em 'Rogue One'.
A Estrela da Morte, em 'Rogue One'.
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Empoderamento feminino. Kathleen Kennedy dirige a LucasFilms com inteligência e habilidade. Na última Convenção Star Wars, em Londres, Kennedy subiu ao palco cercada por suas assessoras nesta jornada. Se em O Despertar da Força Rey (Daisy Ridley) impulsionava a trama, em Rogue One é Jyn Erso (Felicity Jones) quem, por sua família e por seu caráter, lidera a ação. Mais ainda, Rogue One começa e termina com personagens femininas. A normalização chega a Star Wars.

Ganchos com o universo Star Wars. Sendo o primeiro spin-off de Star Wars, Rogue One contém vários ganchos que o prendem à saga, à sua trama principal. Em dois sentidos: para que todos os argumentos e personagens se encaixem e nada contradiga aquilo que se viu anteriormente, e para que os fãs vejam preenchidas as lacunas e respondidas as perguntas que eles poderiam ter se colocado depois de A guerra nas estrelas: uma nova esperança (Episódio IV) — para mencionar o título completo. Bail Organa (Jimmy Smits) e um outro personagem (que é melhor não revelar) servem como conexão com os filmes anteriores. A presença do senador Organa certamente desmente o rumor segundo o qual os personagens da trilogia Anakin (a primeira na linha do tempo de Star Wars) não poderiam aparecer agora por serem propriedade da Fox, sendo que a LucasFilms agora pertence à Disney. Ou esse rumor era falso ou aconteceu uma grande negociação.

Nostalgia. Cabe lembrar que esse filme nasceu de uma frase de Guerra nas Estrelas, e é por isso que ela lança mão, sem qualquer remorso, da nostalgia. Devemos estar atentos para três aparições súbitas — uma delas de um personagem reconstituído digitalmente —, feitas apenas para o prazer dos fãs. Estes, é verdade, logo se rendem. Como quando aparece Saw Gerrera (Forest Whitaker), um guerreiro que surgiu na quinta temporada da série Star Wars Clone Wars. É o primeiro personagem — nesta saga — de animação que se torna de carne e osso.

Darth Vader, em 'Rogue One'.
Darth Vader, em 'Rogue One'.

Acuro visual. A ação se passa justo antes de A Guerra nas estrelas e cinco anos depois da série Star Wars Rebels. Isso significa que não há espaço para muita experimentação visual. Os pilotos usam aqueles bigodinhos e costeletas, hoje antiquados, de A guerra nas estrelas, e todo o design artístico se baseia naquele filme, com o retorno dos anos setenta em termos de moda e arquitetura. Uma das melhores coisas de Rogue One.

O sotaque mexicano. Ele se mantém em Diego Luna, dando ao seu inglês um tom latino. Os dois atores chineses, Donnie Yen e Jiang Wen, não se atrevem a tanto. Na verdade, Jiang Wen fala muito pouco o inglês, portanto não dava para encarar.

Peter Cushing, o convidado digital. Há dois convidados de luxo reconstituídos digitalmente em Rogue One. Um deles é Grand Moff Tarkin, encarnado por Peter Cushing, que já pudemos ver anunciado nos trailers. Obviamente ele tinha de aparecer em Rogue One, pois tem uma relação direta com o imperador e a Estrela da Morte. Cushing ressuscitou graças à magia digital. E temos de lhe tirar o chapéu: até morto ele é o melhor.

A Força, sim ou não? Sim, a Força aparece no filme. Mas não em sua melhor versão. Darth Vader a utiliza de uma forma clássica. O grande achado de Rogue One, no entanto, é Chirrut Îmwe, vivido por Donnie Yen, um cego iluminado que fala o tempo todo da Força, para o desespero dos que o cercam. Ao final, descobrimos que...

Donnie Iene, em 'Rogue One'.
Donnie Iene, em 'Rogue One'.

Tony Gilroy, o diretor à sombra. Co-roteirista de Rogue One, o homem por trás dos roteiros da saga Bourne e diretor de Michael Clayton, foi o responsável pela filmagem das novas tomadas. E elas foram várias, a julgar pelos planos que são vistos nos trailers e que não aparecem no filme. Quanto há de Gareth Edwards na direção? Jamais saberemos. Na sombra também se inclui John Knoll, responsável pelos efeitos especiais, autor da ideia inicial da qual partiu o roteiro de Rogue One, e John Gilroy, montador do filme... e irmão de Tony.

Vietnã. Rebeldes lutando contra um Império, praias de areias finas e palmeiras em chamas... Na promoção, os atores ressaltavam a importância, como referência, de Os Canhões de Navarone, embora não se possa deixar de pensar em todos os filmes já realizados sobre a guerra do Vietnã.

Rodagem de 'Rogue One'.
Rodagem de 'Rogue One'.

Um 3D bem cuidado e a trilha sonora. É a primeira trilha sonora dos filmes de Star Wars não composta por John Williams. Desta vez, a partitura ficou a cargo de Michael Giacchino, que tem essa função nos filmes da Pixar (a música que criou para Os Incríveis é impressionante) e nos novos Star Trek. Quanto ao 3D, simplesmente perfeito.

É Star Wars, porém... No começo do filme, um detalhe faz lembrar que ele realmente pertence ao mundo Star Wars, mas há um outro — surpreendente — que deixa claro que se trata de um spin-off e que não integra a saga principal. Nada como deixar as coisas claras.

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