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Fim do ‘mistério olímpico’ da Rio 2016: uso intensivo explica piscinas verdes

Organização atribui cor verde das piscinas do Parque Aquático a mudança de alcalinidade da água

Na terça-feira à noite, a cor da água da piscina de saltos do Parque Aquático Maria Lenk mudou subitamente de um azul cristalino para um verde escuro. Os organizadores da Olimpíada Rio 2016 asseguraram que a mudança de cor não afetava a saúde dos atletas, mas reconheceram que não sabiam o que estava acontecendo. Na quarta-feira todos olhavam para a piscina esperando uma solução, mas a água não só não voltou à sua cor original, a piscina ao lado também começou a ficar verde. Desta vez apresentaram uma causa: a mudança no equilíbrio químico da água pelo uso intensivo das piscinas.

“Fizemos pesquisas e a razão foi uma diminuição na alcalinidade da água”, explicaram em um comunicado publicado pela France Presse. “O aumento do uso da piscina nas últimas semanas é a causa da mudança de cor”.

Na segunda-feira, este era o aspecto das piscinas:

Dean Mouhtaropoulos (Getty Images)

Na terça-feira, a piscina de salto (a foto foi tirada do outro lado, e aqui está à esquerda) apareceu verde.

Antonio Bronic (Reuters)

Na quarta-feira, a de salto continuava verde e a piscina ao lado, que é usada para polo aquático e natação sincronizada, também começou a perder sua cor azul clara, embora com menor intensidade que a outra.

Kai Pfaffencach (Reuters)

Em dois dias, embora tenha sido gradual, esta foi a mudança que aconteceram nas piscinas.

Salvar

Nas primeiras horas algumas hipóteses afirmavam como possíveis causas a proliferação de algas ou uma reação química do cloro com algum metal.

Na quarta-feira fontes da organização apresentaram a hipótese das algas. Depois de fazer análise da água, no entanto, indicaram um desequilíbrio químico. A Federação Internacional de Natação, FINA, disse que “os tanques de água tinham ficado sem alguns produtos químicos que são utilizados para o tratamento”. Não considerava, no entanto, que fosse necessário interromper as competições por esta razão, de acordo com a AFP.

Mario Andrada, porta-voz do comitê organizador da Rio 2016 informou que as duas piscinas foram tratadas em uma tentativa de resolver o problema, mas que a chuva durante a noite da terça-feira e durante a quarta-feira podia ter atrasado o processo. “Esperamos que a cor volte a ser azul em breve. Entendemos que uma série de fatores afetou a cor e a alcalinidade da água”, disse.

O porta-voz reconheceu que os responsáveis pela manutenção “deveriam ter feito análises mais intensas”. “Seguimos a rotina habitual, mas provavelmente deveríamos ter percebido que, com mais atletas, a água poderia ser afetada de forma diferente”, disse Andrada.

Christophe Simon (AFP)

De acordo com a agência de notícias francesa, os atletas minimizaram a importância da cor. “Acho que é bastante normal em uma piscina ao ar livre, então para nós não é tão importante”, disse Pandelela Rinong da Malásia, que ganhou prata na terça-feira com sua companheira Cheong Jun Hoong na prova de nado sincronizado.

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