_
_
_
_
_

Conselho de Ética adia votação de parecer sobre Eduardo Cunha

Grupo pró-cassação atuou para postergar decisão para impedir vitória de peemedebista Tia Eron, dona do voto decisivo no caso, não registrou presença na sessão da instância

Eduardo Cunha (PMDB), presidente afastado da Câmara.
Eduardo Cunha (PMDB), presidente afastado da Câmara.Lula Marques/ Fotos Públicas

O Conselho de Ética da Câmara adiou nesta terça a votação do parecer do relator, Marcos Rogério (DEM-RO), que recomenda a cassação do mandato parlamentar do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Grupo pró-cassação atuou para postergar decisão para impedir uma possível vitória de peemedebista. A estratégia foi posta em prática após a deputada Tia Eron (PRB-BA), dona do voto decisivo no caso, não registrar presença na sessão e dar lugar a um aliado de Cunha. A sessão desta terça-feira foi dominada pela discussão em torno do pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela a prisão de Eduardo Cunha e de outros três nomes da cúpula do PMDB: Renan Calheiros (presidente do Senado), senador Romero Jucá e o ex-presidente da República José Sarney. Originalmente remarcada para estar quarta, a nova sessão do Conselho de Ética ainda não tem nova data.

Veja como foi a sessão e acompanhe as últimas notícias sobre o caso:

Aliados de Cunha reclamaram do fim repentino da sessão. Mas entenderam que ele foi legal. "Eles aprenderam a ler o regimento", provocou o deputado Carlos Marun (PMDB-MS).
A reunião desta quarta-feira deverá encerrar o processo mais longo do Conselho de Ética. Já são mais de sete meses desde que a representação chegou no colegiado.
Nova sessão foi convocada para amanhã, às 14h.
REVIRAVOLTA - Reunião encerrada porque Marcos Rogério pediu mais tempo para analisar o voto em separado de João Carlos Bacelar.
Votação deve iniciar em breve, se não houver nenhuma alteração.
Encerrada a discussão. Marcos Rogério, o relator, fará algumas considerações.
O deputado Julio Delgado é o último a discursar como líder. Após ele, deve iniciar a votação.
Carlos Marun (PMDB-MS): "Não estamos anistiando ou votando indulto de Eduardo Cunha. Ele está sendo processado no STF."
Onyx Lorenzoni (DEM-RS) diz que voto em separado de João Carlos Bacelar comprova a tese da mentira e provoca Tia Eron: “Atenção, Tia Eron. Esteja onde estiver nesse planeta, ou em outro. O único voto que tenta fazer uma pálida defesa de Eduardo Cunha reconhece que ele mentiu.”
Carlos Marun (PMDB-MS) e o advogado de Cunha, Marcelo Nobre. (Foto Luis Macedo/Câmara)
Diz Betinho Gomes (PSDB-PE): "A ausência de Tia Eron tem mais um cheiro de manobra".
Os deputados Wladimir Costa (SD-PA) e José Geraldo (PT-PA) batem boca no plenário. Adversários em seu Estado um chama o outro de ladrão por conta de disputas locais.
Diz Marchezan Júnior: “A base do Governo coloca mais um problema, mais uma pauta-bomba no colo do Temer”. Ele se refere à ausência de Tia Eron.
Quatro horas de sessão e nada de Tia Eron aparecer na sessão do Conselho de Ética. Ela é a única que não declarou voto no caso. Com sua ausência, quem voto é Carlos Marun, membro da tropa de choque de Cunha.
Marchezan Júnior (PSDB-RS): "A sensação aqui é que a deputada Tia Eron foi abduzida".
Diz Moema: “Por muito menos, [o senador] Delcídio foi cassado. Cunha não só mentiu que não tinha contas. Mentiu que não recebeu vantagens indevidas”.
Moema Gramacho (PT-BA) chama a proposta de Bacelar, que pede suspensão de mandato de Cunha por três meses, é uma ofensa.
Diz Molon: "Se o Conselho de Ética achar que o dinheiro não é de Eduardo Cunha, será o único órgão no mundo a acreditar nesse conto da carochinha".
A ausência de Tia Eron chama a atenção no plenário. Alessandro Molon (REDE-RJ) diz que, aparentemente, o presidente interino da República, Michel Temer (PMDB), está tentando interferir na Câmara ao chamar o presidente do PRB para um encontro na véspera da votação do processo.
Em nota, Cunha, disse estranhar o pedido de prisão. "Vejo com estranheza esse absurdo pedido, e divulgado no momento da votação no Conselho de Ética, visando a constranger parlamentares que defendem a minha absolvição e buscando influenciar no seu resultado".

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_