Estados Unidos matam o ‘número dois’ do Estado Islâmico na Síria
Era um dos grandes objetivos do Exército norte-americano e foi abatido na Síria
Um bombardeio aéreo dos Estados Unidos na Síria matou dias atrás o número dois do Estado Islâmico (EI), segundo anúncio feito pelo secretário de Defesa norte-americano, Ashton Carter, em entrevista coletiva nesta sexta-feira. “Sua morte significará um freio para as operações dos jihadistas dentro e fora do Iraque e da Síria”, afirmou.
“Estamos eliminando sistematicamente a cúpula do Estado Islâmico. Na verdade, as Forças Armadas norte-americanas mataram vários terroristas relevantes nesta semana, incluindo Al Qaduli, que atuava como ministro das Finanças e era responsável por alguns assuntos externos e tramas terroristas”, acrescentou Carter.
Fontes oficiais confirmaram à rede NBC que o segundo homem na hierarquia do EI – grupo responsável, entre outros, pelos atentados de Paris em novembro e de Bruxelas nesta semana – foi morto durante uma operação do Exército na Síria, em algum momento do último mês.
Na avaliação dos EUA, Al Qaduli era um dos quatro líderes-chaves do Estado Islâmico, e Washington oferecia uma recompensa de sete milhões de dólares (25,8 milhões de reais) por informações que levassem à sua morte ou captura. O Departamento de Estado o descrevia como “um líder do EI que voltou a se incorporar ao grupo” na Síria “depois de sair da prisão, no começo de 2012”.
Al Qaduli aderiu à Al Qaeda no Iraque em 2004, chegando a ser o número dois dessa organização sob a liderança de Abu Musab al Zarqawi. Em maio de 2014, foi qualificado como terrorista pelo Departamento do Tesouro dos EUA, o que o colocava numa lista de sanções.
A notícia surge depois que, no último dia 14, os Estados Unidos confirmaram a morte de um dirigente do EI conhecido como “Omar Checheno”, em um ataque aéreo realizado pelos EUA na Síria dez dias antes.