EUA recomendam que grávidas não viajem às Olimpíadas do Rio
Centro de Controle de Doenças diz que, devido ao surto de zika, gestantes devem evitar os Jogos
O Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos emitiu uma série de recomendações às pessoas que pretendem viajar ao Brasil para participar dos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. O principal conselho é o mesmo que faz para todas as regiões afetadas pelo zika vírus: se você estiver grávida, é melhor mudar de planos.
“Devido ao surto do zika vírus, o CDC recomenda às grávidas que considerem não viajar aos Jogos”, diz o centro, em suas recomendações tanto para os Jogos Olímpicos como para os Paralímpicos, que acontecem um mês depois na mesma cidade.
Para as grávidas que não podem mudar a viagem, o CDC pede que “consultem antes seu médico” e que sigam “estritamente” as instruções para evitar de todas as maneiras possíveis a picada de mosquitos. O Aedes aegypti é a principal via de transmissão do vírus, que está sendo ligado ao aumento de casos de microcefalia e da síndrome de Guillain-Barré.
Tendo em vista o número crescente de casos de contágio do zika vírus por transmissão sexual, o CDC insiste também em sua recomendação para que os homens que viajem a regiões onde existam surtos de zika – como a sede dos Jogos – usem preservativo ou se abstenham de manter relações sexuais se sua companheira estiver grávida.
As recomendações do CDC são publicadas no mesmo dia em que a Argentina divulga o primeiro caso de transmissão do zika vírus por via sexual. A contaminada foi uma mulher da província de Córdoba cujo companheiro adquiriu o vírus na Colômbia e que ao retornar a infectou ao manterem relações sexuais.
Na mesma semana, o CDC disse estar investigando 14 novos casos de possível transmissão sexual do zika vírus. Segundo especificou na sexta-feira, destes, dois casos já foram confirmados e outros quatro são considerados “prováveis”. Dois casos foram descartados e o restante, outros seis, continuam “sob investigação”.
Além disso, o CDC informou que nove grávidas residentes nos Estados Unidos contraíram o zika vírus em diferentes momentos da gravidez ao viajarem a regiões afetadas.
Seis das mulheres tiveram sintomas do vírus durante o primeiro trimestre da gravidez. Duas delas sofreram abortos espontâneos – mesmo que o CDC tenha frisado não ter sido possível estabelecer um vínculo direto entre o zika e a perda do feto – e outras duas decidiram interromper a gravidez. Outra mulher deu à luz um bebê com microcefalia, enquanto a sexta infectada continua com sua gravidez. Das duas mulheres infectadas durante o segundo trimestre de gravidez, uma deu à luz um bebê “aparentemente saudável” e a outra também continua com a gestação. A mulher contaminada no terceiro trimestre de gravidez teve um bebê saudável. Mesmo que as suspeitas sejam cada vez maiores, ainda não foi estabelecido um vínculo claro entre o zika vírus e a microcefalia. Ainda há dúvidas, por exemplo, se a condição é causada somente por conta do zika ou se outros fatores influenciam nessa malformação; também ainda se investiga se influi ou não o grau de gestação da mulher no momento da infecção com o vírus.
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