ONU condena “de forma inequívoca” o teste da bomba de hidrogênio
Ban Ki-moon pede que o regime norte-coreano cumpra as normas internacionais
A comunidade internacional se colocou contra a Coreia do Norte na quarta-feira pelo teste de um armamento mais nocivo do que as bombas atômicas e mais potente do que as lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou de forma “inequívoca” o teste com bomba de hidrogênio que o regime de Pyongyang afirma ter realizado com sucesso.
O ensaio norte-coreano é um elemento “enormemente desestabilizador que menospreza os esforços internacionais contra a proliferação de armas nucleares”, disse Ban Ki-moon, e pediu ao país que “cesse toda a atividade nuclear”. O teste da Coreia do Norte ocorre depois de ter sido alcançado em julho um acordo histórico para paralisar o programa nuclear do Irã e o início do levantamento das sanções contra Teerã.
O secretário geral fez a declaração de condenação minutos antes do começo da reunião de urgência do Conselho de Segurança sobre o perigoso teste. É o quarto na última década realizado pela Coreia do Norte (feitos também em 2006, 2009 e 2013), todos contrários às resoluções das Nações Unidas.
As Nações Unidas, de qualquer forma, colocaram algumas dúvidas sobre o manifestado pelo regime coreano. A Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO), com sede em Viena, disse que o evento sísmico detectado durante o suposto teste da bomba de hidrogênio teve a mesma intensidade do que em 2013, um teste anterior da Coreia.
“As características dos sinais que observamos dessa vez são muito parecidas com o que o mundo viu em 2013, um teste nuclear declarado que foi considerado um teste nuclear”, disse à imprensa na capital austríaca Randy Bell, diretor do centro internacional de dados da CTBTO, de acordo com a Efe. De concreto, a intensidade do terremoto foi de magnitude 4,9, muito semelhante ao de 2013.
O teste ocorre depois do lançamento de um míssil balístico de um submarino em dezembro e de uma série de incidentes na zona desmilitarizada na fronteira com a Coreia do Sul em agosto.
Agora são previstas diversas sanções contra a Coreia do Norte. E já se notam outras consequências econômicas: Wall Street abriu a sessão com uma queda de 1,7% pelos riscos geopolíticos, ainda que os dados da indústria manufatureira também não tenham ajudado.
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