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Bahrein e Sudão seguem Arábia Saudita e rompem relações com Irã

Tiroteio na cidade do clérigo executado na Arábia Saudita deixa um morto

Morte do clérigo xiita Nimr al Nimr provocou protestos em Nova Déli, na Índia.
Morte do clérigo xiita Nimr al Nimr provocou protestos em Nova Déli, na Índia.ADNAN ABIDI (REUTERS)

A escalada de tensões no conflito entre sunitas e xiitas ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira: as autoridades de Bahrein romperam relações diplomáticas com o Irã, um dia após a Arábia Saudita tomar a mesma decisão. A execução pelos sauditas de um clérigo xiita dissidente desatou a crise. O Sudão também seguiu os passos de Bahrein, enquanto os Emirados Árabes Unidos anunciaram uma redução da representação diplomática na República Islâmica do Irã até o escalão dos encarregados de negócios, além da restrição do número de diplomatas iranianos com credenciais no país árabe.

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A execução do líder religioso xiita Nimr al Nimr provocou protestos em vários países. Um homem morreu e uma criança ficou ferida quando um grupo de homens armados abriu fogo na noite de domingo contra a polícia em Awamiya, cidade natal do clérigo executado. Awamiya, situada na região de Qatif, protagonizou várias manifestações desde a morte de Nimr al Nimr e de outros três ativistas xiitas e 43 sunitas, acusados de participação em atentados da organização terrorista Al Qaeda. O tiroteio ocorreu quando as forças de segurança inspecionavam a zona.

Ainda no sábado, durante um protesto em Teerã contra a execução, um grupo atacou a embaixada saudita e provocou importantes danos materiais. No domingo, Riad anunciou a ruptura dos laços diplomáticos entre os dois países.

Em plena escalada de tensões do conflito entre xiitas e sunitas, duas mesquitas sofreram ataques a bomba antes do amanhecer no Iraque, que deixaram três feridos.

No Iêmen, onde Irã e Arábia Saudita apoiam forças opostas no conflito, intensos combates provocaram a morte de pelo menos 17 pessoas em Áden.

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