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Estados Unidos matam líder do Estado Islâmico na Líbia

Ataque aéreo contra Abu Nabil ocorreu antes dos atentados de Paris

Dois caças dos EUA sobrevoam o Iraque após atacar na Síria.
Dois caças dos EUA sobrevoam o Iraque após atacar na Síria.MATTHEW BRUCH (AP)

Os Estados Unidos lançaram na sexta-feira um ataque aéreo contra o líder do Estado Islâmico (ISIS na sigla em inglês) na Líbia, Abu Nabil, segundo anúncio do Pentágono no sábado. O Departamento de Defesa afirma que o terrorista morreu no bombardeio, realizado antes dos atentados de Paris. O iraquiano Nabil, também conhecido como Wissam Najm Abd Zayd al Zubaydi, era próximo à cúpula do grupo jihadista e um veterano ex-integrante da Al Qaeda.

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"A morte de Nabil prejudicará a capacidade do ISIS de realizar seus objetivos na Líbia, incluindo o recrutamento de novos membros, o estabelecimento de bases e o planejamento de ataques externos aos Estados Unidos", disse o porta-voz do Pentágono Peter Cook em um comunicado.

Em comunicado disseminado pelas redes sociais, o ISIS reivindicou a autoria dos atentados em Paris. Os jihadistas culpam o Estado francês por participar da coalizão contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque com ataques aéreos, "por terem insultado" Maomé e "terem se gabado de lutar contra o islã" na França. "Este ataque não é mais do que o início da tempestade", advertiu.

É o primeiro ataque dos EUA contra o ISIS na Líbia. Em agosto, os EUA mataram no Iraque o número dois do grupo. Os jihadista – que controlam partes do Iraque e da Síria – entraram na Líbia, sacudida pela instabilidade desde a queda do ditador Muammar al-Gaddafi quatro anos atrás. O ISIS controla a cidade litorânea de Sirte no centro do país e em fevereiro executou cristãos. Sua expansão causa temor nos governos ocidentais.

O bombardeio contra Nabil aconteceu no dia seguinte a um ataque aéreo realizado pelos EUA na Síria contra Mohamed Emwazi, conhecido como Jihadi John (John, o Jihadista), o homem mascarado com acentuado sotaque britânico responsável pela decapitação de vários reféns ocidentais em nome do ISIS.

O porta-voz Cook frisou que o ataque na Líbia – a localização não foi precisada – demonstra a "vontade" dos EUA em perseguir os líderes do grupo extremista estejam onde estiverem. Há um ano, a maior potência mundial lidera uma coalizão internacional que bombardeia posições do ISIS no Iraque e na Síria.

Nabil foi para a Líbia em 2014 após pedir ao líder do ISIS, Abu Bakr al-Baghdadi, que estabelecesse uma filial no grupo neste país. Na época, era um membro do alto escalão do ISIS no Iraque.

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