Aprovação do Governo Dilma cai entre seus próprios eleitores, diz pesquisa
Levantamento feito pelo Ibope aponta queda na popularidade da presidenta entre sua base
Os três primeiros meses do segundo Governo de Dilma Rousseff, que passa por uma grave crise política em meio a um escândalo de corrupção na Petrobras e uma rebelião na base aliada, derrubaram a popularidade da mandatária. Mas uma pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quarta-feira mostra que há um dado ainda mais preocupante para o Governo: a queda na aprovação da presidente não se restringe aos eleitores do tucano Aécio Neves, seu principal rival nas eleições passadas. Entre os que alegaram ter votado em Dilma no segundo turno em 2014, a aprovação de seu Governo caiu de 80% em dezembro para 34% em março. Entre os partidários de Aécio caiu de 16% para 3% no mesmo período.
Ou seja, além de estar sangrando no Congresso com sucessivas derrotas na Câmara e no Senado provocadas pelo desgaste na relação com o maior partido da base aliada, o PMDB, a crise política começa a abalar a relação entre o Governo e seus eleitores. No total, a pesquisa aponta que 76% dos entrevistados consideram o segundo mandato da petista está sendo pior do que o primeiro, e apenas 14% da população acredita que os mais de três anos restantes do Governo serão ótimos ou bons.
O levantamento confirma também a queda na aprovação da presidente, que já havia sido apontada por outras pesquisas: apenas 12% consideram seu Governo ótimo ou bom, ante 40% em um levantamento realizado em dezembro. A quantidade de pessoas que avaliaram o Governo como sendo ruim ou péssimo chegou a 64%, e para 23% dos entrevistados ele é regular. Questionados se confiam em Dilma, 24% dos entrevistados responderam afirmativamente, ante 74% que disseram não confiar na presidenta, e 3% não souberam responder ou não opinaram.O levantamento foi feito entre os dias 21 e 25 de março com 2.002 pessoas em 142 municípios.
Esta não é a única pesquisa que aponta queda na popularidade do Governo. Segundo o instituto Datafolha, em março Dilma atingiu a mais alta taxa de reprovação (62%) de um mandatário desde setembro de 1992, às vésperas do impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, que era reprovado por 68% da população.
O levantamento divulgado no dia 23 de março pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e realizado pelo Instituto MDA chega a conclusões semelhantes: 64,8% dos entrevistados reprovaram o Governo – o cenário é ainda pior quando considerado o desempenho pessoal de Rousseff: 77,7% a desaprovaram. A pesquisa traz ainda outra má notícia para o Planalto: para 68,9% dos entrevistados, Dilma é culpada pelo esquema de corrupção na Petrobras e 59,7% aprovam o impeachment da mandatária do Brasil.
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