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ELEIÇÕES ANDALUZAS

Socialistas vencem o primeiro pleito eleitoral de 2015 na Espanha

PSOE fica a oito deputados da maioria absoluta na Andaluzia; Podemos é a terceira força

Susana Díaz consegue uma vitória clara nas eleições andaluzasFoto: reuters_live
Luis Barbero

O Partido Socialista obteve, neste domingo, um resultado melhor do que o previsto nas pesquisas e fica a oito deputados de conseguir a maioria absoluta. Já o Partido Popular (PP), com 33, perde 17 assentos no Parlamento andaluz. A terceira força política é o Podemos com quase 600.000 votos e 15 assentos. Ciudadanos obtém nove e o IU perde sete e fica com cinco deputados.

As urnas confirmaram a força do PSOE na Andaluzia; a enorme erosão das outras duas forças tradicionais, PP e Izquerda Unida; e a ascensão dos novos Podemos e Ciudadanos. Nas décimas eleições andaluzas, o PSOE recupera a maioria social que perdeu nos comícios de 2012 diante do PP de Javier Arenas, ainda que com o pior resultado em porcentagem de votos da história da autonomia (35%) e resiste ao embate das novas formações, que obrigaram a compartilhar muito mais o bolo eleitoral.

O candidato do PP, Juan Manuel Moreno, não pôde evitar o desastre de seu partido apesar da decolagem do Governo durante a campanha eleitoral, na qual o presidente, Mariano Rajoy, foi envolvido do início ao fim, consciente de que as eleições andaluzas eram um primeiro teste para sua gestão. O PP obtém o pior resultado desde as eleições de 1990, quando sua relevância na Andaluzia era mínima.

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O candidato do IU, Antonio Maíllo, não resistiu ao avanço do Podemos, que deu um primeiro golpe no mapa político espanhol com a ex-eurodeputada Teresa Rodríguez como cabeça de chapa. E o Ciudadanos, que há dois meses não parecia oferecer opções na Andaluzia em qualquer pesquisa, demonstrou que um buraco está sendo feito nesse mapa político, garimpando votos do centro do eleitorado. Seu candidato, Juan Marín, liderará a quarta força de um Parlamento muito fragmentado que contará com cinco partidos.

O resultado, de qualquer forma, vai tornar complexa a governabilidade da comunidade mais populosa da Espanha, na qual o PSOE está na frente há 33 anos. Susana Díaz terá de tecer acordos com outros partidos para levar adiante leis e projetos. E terá de fazer isso com um calendário eleitoral complicado, já que parece difícil que algum partido vá fechar pactos com o PSOE na Andaluzia quando à sua frente há comícios pela autonomia, municipais, catalães e gerais.

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