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Vice-presidenta da Korean Air se demite após discussão por nozes

Cho Hyun-ah mandou um comissário deixar o avião, atrasando o voo em 11 minutos

Cho Hyun-ah, Vice-presidenta da Korean Air.
Cho Hyun-ah, Vice-presidenta da Korean Air.AP

A polêmica pela expulsão de um comissário de um avião da Korean Air por causa da maneira como servia nozes aos passageiros resultou na demissão da vice-presidenta da companhia aérea, enquanto o funcionário envolvido solicitou afastamento, segundo relatos da imprensa sul-coreana nesta sexta-feira.

Na sexta-feira, correu o mundo a notícia de que a executiva, minutos antes de uma decolagem de Nova York para Seul, repreendeu e expulsou um tripulante por causa da maneira como ele servia porções de noz macadâmia – sem consultar os passageiros e num saco plástico fechado, em vez de sobre um prato. Segundo o jornal sul-coreano Money Today, o comissário “está sofrendo um alto nível de estresse e precisa visitar um profissional, razão pela qual solicitou um mês de licença médica”.

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Cho Hyun-ah, de 40 anos, filha do poderoso presidente da Korean Air, Cho Yang-ho, apresentou na terça-feira seu pedido de demissão, em resposta às intensas críticas que sofreu após o incidente.

A empresa também revelou que o tripulante era um homem, e não uma mulher, conforme relatava a imprensa até agora, e que o expulso não foi o comissário que serviu as nozes, e sim seu superior imediato, que não soube dar uma explicação adequada para o erro no procedimento.

Cho Hyun-ah, também conhecida por seu nome anglo-saxão Heather, ordenou a expulsão do tripulante, e para isso o avião precisou suspender a decolagem e regressar ao portão de embarque, o que resultou num atraso de 11 minutos.

A maior companhia aérea sul-coreana também relatou que Cho informou o comandante sobre o caso, e que coube a este a decisão de voltar ao portão de embarque e retirar o tripulante.

O incidente causou enorme polêmica nesta semana na Coreia do Sul, onde meios de comunicação e usuários da Internet descreveram a atitude da executiva como “abusiva” e “arrogante”, entre outros adjetivos. O Governo investiga se a ação violou as normas de segurança da aviação.

Fundada em 1969 e com uma frota de 160 aviões, a Korean Air é um dos conglomerados familiares conhecidos como chaebol, donos deelevado poder político e econômico na Coreia do Sul.

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