O ex-ministro chinês de Segurança, Zhou Yongkang, é investigado por corrupção
Zhou Yongkang é o integrante do partido comunista com o cargo mais alto a ser investigado por "sérias violações de disciplina"
O Comitê Central do Partido Comunista chinês (PCCh) anunciou nesta terça-feira que vai investigar Zhou Yongkang, ex-chefe dos serviços de segurança da potência asiática e o integrante de cargo mais alto do partido a ser investigado em décadas por “serias violações de disciplina”. A organização comunista anunciou a investigação em um sucinto comunicado publicado pela agência oficial Xinhua.
Zhou Yongkang foi ministro de Segurança Pública entre 2002 e 2007 e membro, entre 2007 e 2012, do Comitê Permanente do PCCh, o reduzido grupo que toma as decisões mais importantes na China, que contava então com nove membros – agora sete –, entre elas o presidente e o primeiro-ministro.
Zhou Yongkang não é visto em público há um bom tempo apesar de ainda ser membro do Politburo
O anúncio não disse, neste momento, quais leis infringiu aquele que foi conhecido como o Czar da Segurança do gigante asiático, que está com 71 anos de idade e sobre quem há tempos especulava-se que o PCCh planejava uma investigação.
As autoridades legais iniciaram investigações criminais contra três funcionários muito próximos a Zhou, entre eles três de seus ex-assistentes, em julho. São eles Yu Gang e Ji Wenlin, que trabalharam como secretários pessoais do ex-político chinês, e Tan Hong, um de seus seguranças. Os três enfrentam acusações de aceitar subornos.
Anteriormente, as autoridades haviam iniciado investigações contra outros membros do entorno de Zhou, como o ex-presidente da Conferencia Consultiva Política de Sichuan, Li Chongxi; o antigo vice-ministro de Segurança Pública, Li Dongsheng, e Jiang Jiemin, antigo responsável pela regulamentação das empresas estatais.
Também foi informado em junho desse ano que o filho mais velho de Zhou Yongkang, Zhou Bin, de 41 anos de idade, foi preso e enfrenta um possível julgamento por suborno, ainda que esta investigação não tenha sido confirmada oficialmente.
Zhou Yongkang não é visto em público há um bom tempo apesar de ainda ser, teoricamente, membro do Politburo – o segundo escalão de poder do Partido Comunista da China, atrás do Comitê Permanente – e ter que comparecer, portanto, às sessões anuais da Assembleia Nacional Popular, realizadas pela última vez em março.
Várias publicações não oficiais mostravam há tempos que Zhou seria o próximo objetivo da extensa campanha anticorrupção empreendida pelo Governo chinês desde a mudança de poder de 2013, e que o lema é combatê-la tanto “entre tigres como entre moscas”, em referência a indiferença à categoria do suspeito.
Até a investigação contra Zhou ser confirmada, o maior cargo a ter sido investigado pelo PCCh nas últimas décadas foi o ex-líder regional Bo Xilai, condenado à prisão perpétua há pouco menos de um ano por corrupção e abuso de poder, que já contou com a proteção do próprio Zhou quando estava no poder.
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