Michelle Obama se mostra “indignada” pelo sequestro das meninas nigerianas
A primeira dama norte-americana afirma que o rapto não é um fato "isolado" e que acontece diariamente no mundo todo
A primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, criticou neste sábado o sequestro de mais de duzentas estudantes na Nigéria por um grupo terrorista. Obama definiu o rapto como “um ato irracionável” por parte de “homens adultos que querem apagar as aspirações destas jovens”.
“Barack e eu vemos nestas crianças a nossas próprias filhas”, disse a primeira dama, em referência a Malia, de 15 anos, e Sasha, de 12. “Vemos os anseios, os sonhos delas e podemos imaginar a angústia que seus pais estão vivendo agoras”. Obama declarou que tanto ela como o presidente se sentem “indignados e desconsolados” pelo acontecimento.
A mulher do presidente, em um gesto sem precedentes, aproveitou o espaço para a mensagem tradicional que Obama grava desde a Casa Branca para falar aos cidadãos cada final de semana. Este sábado, coincidindo com a celebração do dia das mães nos Estados Unidos, a primeira dama dedicou suas palavras ao que ocorreu na Nigéria para enfatizar a importância da educação das crianças no mundo todo.
“O que aconteceu na Nigéria não é um fato isolado. É uma história que vemos repetida todos os dias, enquanto jovens de todo o mundo arriscam suas vidas para cumprir seus sonhos”, assegurou Obama. A primeira dama explica em seu discurso que a escola onde foram sequestradas as estudantes em Chibok, perto da fronteira com Camarões, foi fechada anteriormente por ameaças, mas as jovens decidiram voltar para fazer suas provas.
“Estavam tão decididas a continuar avançando em sua educação, tão decididas a ter suas próprias carreiras profissionais e fazer com que suas famílias e sua comunidade se sentissem orgulhosas delas”, afirma. Obama acrescenta que espera que nenhum jovem norte-americano pressuponha sua educação e que “qualquer um que esteja reduzindo o ritmo ou pensando em largar os estudos, aprenda com a história destas crianças e se comprometa com sua educação”.
O Governo dos EUA mostrou seu apoio ao executivo nigeriano, incapaz de libertar as jovens sequestradas há mais de um mês pela organização Boko Haram. O grupo qualifica a educação ocidental como um “pecado” e seu líder, Abubakar Shekau, reivindicou o rapto das crianças e ameaça vendê-las.
“Quero que saibam que Barack pediu ao nosso Governo que faça tudo o que for possível para apoiar os trabalhos de libertação das crianças e que estas regressem às suas casas”, diz a mensagem da primeira dama. Suas palavras se unem às do presidente, quem já declarou em uma entrevista nesta semana que faria o possível para ajudar a Nigéria.
O sequestro das estudantes nigerianas causou comoção internacional, inspirando uma campanha por sua libertação nas redes sociais, assim como numerosas petições por parte de líderes de vários países. Michelle Obama foi uma das participantes nesta semana em uma iniciativa na qual personalidades de todo mundo posavam com o lema “Bring back our girls” (“Devolvam nossas meninas”).
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.