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Putin telefona a Obama para uma “solução diplomática” na Ucrânia

O presidente norte-americano pede ao líder russo que coloque suas propostas por escrito e lembra que qualquer saída passa pela retirada das tropas

Eva Saiz
O presidente russo, Vladimir Putin.
O presidente russo, Vladimir Putin.Alexei Nikolsky (AP)

O presidente russo, Vladimir Putin, fez uma chamada telefônica nesta sexta-feira a seu homólogo norte-americano, Barack Obama, para discutir a proposta para uma solução diplomática da crise ucraniana feita pela Casa Branca e levada pelo seu secretário de Estado, John Kerry, antes da realização do referendo secessionista da Crimeia. De acordo com o comunicado do Governo dos EUA, o mandatário norte-americano pediu a Putin que proponha seus pontos de vista por escrito e lembrou que qualquer via pacífica passa pela retirada das tropas russas do território da Ucrânia e pelo fim de novas incursões.

Obama, que visita à Arábia Saudita, pediu a Putin que “evite novas provocações, entre elas a acumulação de tropas na fronteira com a Ucrânia”, segundo a nota da Casa Branca. Nesta mesma sexta-feira, durante uma entrevista à rede de TV CBS, o presidente norte-americano manifestou sua preocupação ante uma possível incursão russa no país vizinho sob a “aparência de exercícios militares”. O telefonema entre ambos os líderes é, no entanto, a primeira das quatro que mantiveram desde o início da crise a ensaiar uma aproximação de posições frente a uma resolução do conflito.

Durante a conversa telefônica, os dois presidentes acordaram que serão os seus respectivos chefes diplomáticos, John Kerry e Serguei Lavrov, os que discutirão os termos da proposta norte-americana e da resposta da Rússia. Há duas semanas, durante um encontro em Londres, não conseguiram, aparentemente, chegar a algum avanço para desacelerar as tensões. Na ocasião, o ministro de Assuntos Exteriores russo advertiu contra a imposição de sanções e se mostrou contrário à criação de um grupo de contato para mediar a crise, uma das opções propostas pelos EUA.

Faltando ainda conhecer a resposta de Putin, Obama deixou claro ao líder russo hoje que a solução diplomática “só é possível se Moscou retirar suas tropas e não der mais passos que possam violar a integridade territorial e a soberania ucranianas”. O presidente norte-americano também insistiu no apoio de seu país a Kiev.

Esta é a primeira vez que Putin e Obama se falam desde que os EUA anunciaram a imposição de sanções à Rússia depois da realização do referendo. Nesta semana, durante sua visita à Europa, o presidente norte-americano instou seus aliados a considerar novas medidas de punição. Em seu esforço por isolar internacionalmente a Rússia em represália à invasão militar da Crimeia e sua posterior anexação, Obama conseguiu que as principais potências econômicas expulsassem Moscou do G-8 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo e, então, a Rússia).

A Assembleia Geral das Nações Unidas, por sua vez, votou na quinta-feira por ampla maioria uma resolução que declarava a ilegalidade da consulta secessionista realizada em Sebastopol, um novo degrau que separa a Rússia da comunidade internacional.

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