Kiev cria um novo corpo militarizado ante a ameaça russa
O Parlamento aprova a instituição de uma Guarda Nacional com até 60.000 efetivos Rússia anuncia novas manobras militares na fronteira com a Ucrânia
As autoridades ucranianas acabam de criar um novo corpo de segurança, a Guardaa Nacional, em pleno conflito com a Rússia e em véspera do referendo separatório da Crimeia. Terá até 60.000 membros recrutados entre a reserva, as academias militares e os grupos de autodefesas, o díspar amalgama de civis uniformizados que patrulha as ruas de Kiev desde os protestos.
Crimeia na ONU
O Parlamento ucraniano quer uma resolução na que pede à ONU que debata com urgência a situação criada na república autônoma da Crimeia depois da "ato de agressão perpetrado pela Rússia".
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, como parte de sua viagem a EUA intervirá nesta quinta-feira em Nova York em uma nova sessão do Consejo de Segurança da ONU dedicada a analisar a crise na Ucrânia.
A nova Guarda Nacional será vinculada ao Ministério do Interior e terá várias missões, que incluem a proteção das fronteiras, reforçar a segurança do Estado e a luta contra o terrorismo. O trâmite parlamentar foi acelerado -- desde a queda de Viktor Yanukóvich há três semanas—, e a aprovação pela Rada Suprema (o Parlamento local) aconteceu 48 horas após o presidente ucraniano, Alexander Turchínov, admitir que há que “reconstruir o Exército desde zero”. O ministro de Defesa, Igor Teniuj, abundou nas carências militares ucranianas e acusou ao ex-presidente Yanukóvich de ter “destruído a propósito os recursos e as possibilidades de defesa do Exército”. Também reconheceu que as forças armadas ucranianas só têm 6.000 soldados preparados para o combate frente a uma potência militar russa com mais de 200.000 soldados dispersada na fronteira oriental da Ucrânia.
Kiev queixa-se da falta de meios, mas assegura que sobram voluntários para defender o país. O Ministério da Defesa anotava que “centenas” de pessoas iria a cada dia aos escritórios de recrutamento desde que começou a agressão russa. Na quarta-feira, Andriy Parubi, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, disse que eram umas 40.000 ao todo. Isso sem contar os que apontaram aos grupos de Autodefesa –o próprio Parubi era o comandante do Maidán quando o protesto se tornou violento— ou aos mais radicais do Setor de Direita, muito nacionalistas e de extrema direita, que em seguida chamaram à mobilização e a estar preparados para a defesa do país.
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