Messi conquista sua sétima Bola de Ouro: “Este prêmio é pelo que fiz com a Argentina”
O atacante de 34 anos celebra nova premiação, contra Lewandowski, após vencer a Copa América. “Espero que ainda me reste muito tempo”, disse
Paris sorri para Leo Messi. Frio no PSG, ainda assombrado pela tempestuosa saída do Barcelona, o argentino encontra conforto na capital francesa, seu refúgio para ser coroado o melhor jogador do mundo. Messi ergueu sua sétima Bola de Ouro nesta segunda-feira, aumentando a distância para Cristiano Ronaldo (cinco) e olhando do alto para os três prêmios de Johan Cruyff, Michel Platini e Marco van Basten. “É incrível estar aqui de novo. Há dois anos eu disse que não sabia o que poderia acontecer e me perguntaram se eu ia me aposentar. Eu realmente quero continuar lutando por muitos desafios. Não sei quanto me resta, mas espero que seja muito. Quero agradecer aos meus companheiros do Barça e do PSG, mas especialmente aos meus companheiros e treinadores da Argentina. Muitas vezes ganhei esse prêmio e meu espinho ficou preso na seleção. Este prêmio é pelo que fiz com a Argentina. E quero fazer uma menção a Lewandowski, acho que você tem que ter uma em sua casa“, disse Messi, de 34 anos.
Com 613 pontos, o argentino deixou Lewandowski com a Bola de Prata (580 pontos). O polonês, campeão com o Bayern da Bundesliga, não conseguiu o bastante, nem com a enxurrada de gols que marcou (55 em 47 jogos) ou com a lembrança da Liga dos Campeões que conquistou em 2020 (ano passado não houve festa). No entanto, a revista France Football teve uma espécie de prêmio de consolação para o atacante do Bayern, que levou o prêmio de artilheiro do ano. Jorginho foi a Bola de Bronze, como bicampeão da Europa, com 460 pontos: levantou a Orelhuda com o Chelsea e o Campeonato Europeu com a Itália. O desempenho de Benzema, em quarto lugar, também não foi suficiente para enfrentar o argentino, mesmo com a temporada excepcional em Madri (30 gols em 46 jogos) ou a Liga das Nações que conquistou com a França. Ele somou 239 pontos.
Desde que foi terceiro em 2007, Messi só falhou uma vez entre os três primeiros. Foi em 2018, quando a Argentina foi derrotada na Copa do Mundo da Rússia e o Barça de Ernesto Valverde engasgou na Liga dos Campeões em Roma. Agora tem 13 pódios, um a mais que Cristiano Ronaldo. “A maior ambição da minha carreira é conquistar títulos, ser um bom exemplo e deixar meu nome escrito em letras douradas na história do futebol”, postou Cristiano em sua conta no Instagram. O português respondia a Pascal Ferré, editor-chefe do France Football, que afirmou que “a ambição” do ex-jogador do Real era “terminar a carreira com mais Bola de Ouro do que Messi”. “É inadmissível que o responsável pela atribuição de tão prestigioso prêmio possa mentir assim, em absoluto desrespeito por quem sempre respeitou a France Football e a Bola de Ouro”, frisou o português de 36 anos, ausente da festa em Paris.
O novo prêmio, em todo caso, não surpreendeu Messi. Ao contrário de 2010, quando esperava que Iniesta ou Xavi —campeões mundiais na África do Sul— o levassem, o argentino esfregava as mãos no caminho para sua sétima Bola de Ouro. Embora soubesse disso, seus 38 gols em 47 jogos pelo Barcelona na temporada 2020-2021 não bastavam, muito menos na Copa do Rey que levantou em Sevilha. O atual número 30 do PSG foi endossado por seu primeiro grande título com a seleção argentina: após vencer a Copa do Mundo Sub-20 em 2005 e com o ouro olímpico em 2008, ele ganhou a Copa América de 2021, um sucesso adicionado à sua aterrissagem retumbante em Paris.
No PSG, em todo o caso, continua-se à espera do melhor Messi. O argentino perdeu oito jogos nesta temporada (sete devido a lesão) e somou quatro gols e três assistências nos 11 jogos que disputou pela equipe parisiense. Uma atuação que lhe rendeu detratores na véspera da festa em Paris. “Estou farto, podre, de que deem a Bola de Ouro a Leo Messi. O que fez este ano? Ganhar a Copa América? “, queixou-se Evra. “Escolher Messi em 2021 seria desvalorizar a Bola de Ouro”, acrescentou Jean-Pierre Papin, vencedor da Bola de Ouro em 1991.
Triunfou Messi e triunfou Pedri, que recebeu o Troféu Kopa de melhor jogador com menos de 21 anos. “Fiz recentemente 19 anos e esta é a melhor forma de celebrar, ao lado dos melhores do mundo. Quero agradecer ao Barça e, acima de tudo, aos capitães. Leo, obrigado por todo se uapoio“. Pouco depois, o argentino subiu, novamente, ao pódio.
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