25 fotos
Moria, o inferno na Europa Mais de 15.000 refugiados vivem neste campo, construído para 2.800 pessoas, muitas delas menores. As condições são extremas, seus habitantes são forçados a dormir em tendas e a fazer filas durante horas para comer, serem atendidos por um médico, tramitar seus documentos ou ir ao banheiro O governo grego organiza regularmente transferências deste campo na ilha de Lesbos para outros centros de acolhimento na Grécia continental. O número de chegadas continua aumentando diariamente, portanto o campo está saturado. Na imagem, uma família recém-chegada caminha em busca de um lugar para colocar sua barraca de acampamento. CARLOS ROSILLO Em uma das principais avenidas do campo, uma fonte serve como ponto de encontro para refugiados. No mesmo local em que escovam os dentes, els lavam os pratos, os pés ou, como a criança na imagem, enchem garrafas de água como um vaso para algumas flores. CARLOS ROSILLO A maioria dos refugiados que chegam nos últimos meses são afegãos. Antes de chegarem ao destino, percorrem um longo caminho, uma jornada em que são vítimas das máfias para atravessar várias fronteiras. No final, eles têm de lançar-se no mar da Turquia em barcos precários. CARLOS ROSILLO Dentro do campo há uma área completamente vedada, com segurança privada, que é o escritório de asilo. Há também uma área para a distribuição de alimentos e outra na qual 250 crianças vivem em algumas seções especiais, onde recebem uma pequena parte da proteção estatal de que precisam. Na chamada "zona segura", a Organização Internacional para as Migrações pode servir apenas 70 menores que sofreram tortura, estupros durante a viagem ou que foram vítimas de tráfico de pessoas. CARLOS ROSILLO Os recém-chegados a Moria, geralmente famílias de seis ou mais membros, instalam-se em pequenas tendas. As organizações que trabalham no campo atribuem um código a cada uma e registram as pessoas que dormem lá dentro. CARLOS ROSILLO Na área das barracas de acampamento, fora da área cercada, a ONG Médicos Sem Fronteiras estima que existe um chuveiro para cada 506 pessoas e um banheiro para 210. CARLOS ROSILLO Os habitantes deste gigantesco campo de refugiados reclamam das condições climáticas da ilha e do que significa viver em tendas embrulhadas em plástico. No verão, é muito quente e úmido e, no inverno, o frio e a chuva dificultam a vida cotidiana dos refugiados. CARLOS ROSILLO Apesar do recrudescimento das leis de asilo do novo governo de direita do país, os refugiados continuam chegando diariamente. Na foto, uma criança observa vários membros da família instalando sua barraca. CARLOS ROSILLO Moria é o campo de refugiados mais populoso da Europa e onde colidem os interesses geopolíticos da Turquia, que abriga 3,6 milhões de refugiados sírios e os da Europa, focada em conter o fluxo de pessoas. CARLOS ROSILLO O governo está acelerando as transferências e anunciou que até o final do ano moverá cerca de 20.000 pessoas. Na foto, um grupo de pessoas espera no portão do campo a chegada de ônibus que os levarão ao porto de Mitilene para serem transferidos para a Grécia continental. CARLOS ROSILLO A maioria das crianças que vivem no campo de Moria não estuda. Apenas uma minoria dessas crianças frequenta algumas escolas criadas por várias ONGs. CARLOS ROSILLO Os arredores do recinto cercado da antiga base militar de Moria são campos de oliveiras, onde o número de barracas aumenta diariamente. Na foto, um grupo de crianças caminha por essa área, conhecida como "Olive Grove". CARLOS ROSILLO A falta de brinquedos faz com que muitas crianças usem caixas de frutas, pedras, paus e cordas para brincar. CARLOS ROSILLO Uma cerca com arame farpado no topo corre ao longo do perímetro da "zona segura" do campo de Moria. Na foto, um jovem olha para dentro do recinto através da cerca. CARLOS ROSILLO O governo grego anunciou o fechamento dos campos de refugiados nesta área para o próximo ano, mas apenas para substituí-los por controversos campos fechados. CARLOS ROSILLO À noite, muitos jovens se reúnem à porta de uma empresa de construção perto do campo. A iluminação das luzes da rua e uma superfície plana tornam o local um campo de futebol. CARLOS ROSILLO Na imagem, uma área do campo onde numerosas tendas são transformadas em padarias. Buracos no chão cercados por tijolos ou lama produzem fornos que emitem fumaça como a que pode ser vista na imagem. CARLOS ROSILLO O campo de refugiados de Moria, inicialmente concebido como um centro de registro de requerentes de asilo, tornou-se uma cidade pequena, que requer recursos básicos, como lojas, bancas de rua, pequenas casas de chá ou cafeterias dirigidas por refugiados para obter alguma renda. Na imagem, uma barbearia localizada ao lado de uma das entradas do recinto. CARLOS ROSILLO Os refugiados que chegam ao campo não sabem quanto tempo ficarão lá. Depende de sua origem e do processo burocrático que passa por cada caso, que às vezes dura anos. Na imagem, vários refugiados dentro da zona segura do campo. CARLOS ROSILLO Um menor desacompanhado do Afeganistão em frente ao campo de refugiados de Moria, em Lesbos. CARLOS ROSILLO Uma família faz pão em um forno de barro localizado no piso da nova área do olival Moria. CARLOS ROSILLO A organização Médicos Sem Fronteiras instalou, fora do acampamento do campo de refugiados, um pequeno campo médico pediátrico. Os voluntários que trabalham lá reclamam que às vezes é difícil curar algumas doenças das crianças quando elas precisam retornar às más condições do campo. CARLOS ROSILLO Uma pequena loja vende todos os tipos de ferramentas necessárias para os refugiados: lanternas, baterias, extensões elétricas, talheres ... Esse tipo de pequena empresa se torna o principal recurso econômico para sobreviver às condições de vida do campo. CARLOS ROSILLO Pessoas de muitos países do Oriente Médio e da África vivem no campo de refugiados. Na foto, alguns deles esperam o ônibus que vai para Mitilene, a capital da ilha de Lesbos. CARLOS ROSILLO Vista aérea do campo de refugiados. À esquerda, é possível ver a área cercada que foi inicialmente concebida para abrigar refugiados. O resto são extensões sucessivas que foram improvisadas antes da chegada maciça de pessoas. CARLOS ROSILLO