Quatro décadas de obra e denúncia política de Ai Weiwei
O Museu Kunstsammlung, em Düsseldorf, no oeste da Alemanha, abriga a maior retrospectiva exibida na Europa sobre o artista e ativista chinês, que celebra quarenta anos de divergências
Imagem mostra uma obra de arte composta de 100 toneladas de sementes de girassol feitas de porcelana, pelo artista chinês Ai Weiwei, durante sua atual exposição na Europa, a maior que ele já realizou até agora, nesta quinta-feira em Dusseldorf (Alemanha).SASCHA STEINBACH (EFE)Imagem mostrando o interior da instalação 'S.A.C.R.E.D', feita entre 2011 e 2013. Consiste em seis caixas de ferro que recriam em detalhe a cela de uma prisão com esculturas hiper-realistas (fibra de vidro) representando o próprio Weiwei com dois guardiões que o vigiam permanentemente, mesmo em seus momentos mais íntimos.SASCHA STEINBACH (EFE)Fotógrafo faz um registro de "Straight", que simboliza as fatalidades do terremoto de Sichuan, que abalou a província chinesa em 12 de maio de 2008. Weiwei decidiu realizar sua própria investigação e inquérito sobre os fatos para obter os nomes dos menores falecidos, contornando as redes de corrupção do governo chinês, que tentaram esconder números oficiais. Anos depois, o dissidente enfrentou o escrutínio e a perseguição das autoridades chinesas, o que acabou levando a sua prisão em 2011.RALPH ORLOWSKI (REUTERS)Imagem de um segundo ambiente da instalação 'S.A.C.R.E.D', que coloca o espectador como testemunha da privacidade dos encarcerados.SASCHA STEINBACH (EFE)Esta cabeça de ouro (escultura em bronze) faz parte do 'Círculo de animais', uma instalação formada por doze cabeças representando os animais do zodíaco. Eles são inspirados no chafariz do palácio de verão Yuaming Yuan, um complexo construído no século 18 pela corte chinesa que, durante a Segunda Guerra do Ópio em 1860, foi destruído. Nesse sentido, Ai Weiwei levanta uma crítica ao saque e à repatriação dos bens culturais das nações conquistadas.INA FASSBENDER (AFP)Um visitante tira uma fotografia da série intitulada 'Estudo de perspectiva', feita entre 1995 e 2003, na qual o artista levanta o dedo médio contra diferentes lugares do mundo, muitos dos quais são icônicos em seus respectivos países devido ao grande interesse turístico.INA FASSBENDER (AFP)Imagem de um detalhe de 'Straight', do artista chinês, na exposição 'Everything is art. Everything is politics' (tudo é arte, tudo é política).RALPH ORLOWSKI (REUTERS)Instalação 'Sementes de girassol' (2010), que passou a abranger, em outras intervenções artísticas, uma área de 1.000 metros. Consiste em cem milhões de sementes de girassol feitas à mão, durante dois anos e meio, por 1.600 trabalhadores chineses da região de Jingdezhen. O artista chinês lança um desafio ao "Made in China".RALPH ORLOWSKI (REUTERS)'S.A.C.R.E.D' é composto de seis partes: Jantar, Acusadores, Limpeza, Ritual, Entropia e Dúvida. Cada uma das caixas de ferro contendo os dioramas tem pequenas aberturas através das quais o espectador observa a série de modelos hiper-realistas que mostram o artista e sua relação com seus captores.INA FASSBENDER (AFP)Os visitantes observam 'Zodiac', um retrato dos animais do zodíaco.INA FASSBENDER (AFP)Através de salva-vidas de mármore preto e branco, com 'Tyre', Ai Weiwei inicia um debate sobre os refugiados.INA FASSBENDER (AFP)Um visitante olha para a instalação 'Life cycle' ('Ciclo vital'), um trabalho monumental, novamente, sobre a crise global dos refugiados.INA FASSBENDER (AFP)Um visitante olha através de uma das aberturas nas caixas de metal que compõem 'S.A.C.R.E.D'.INA FASSBENDER (AFP)'Odyssey' (papel), ao fundo, e 'Blue-and-white Porcelain Plates' (pratos de porcelana azul e brancos), na frente.INA FASSBENDER (AFP)A série 'Zodiac', no fundo, e 'Sunflower Seeds' (sementes de girassol), no chão do museu alemão.INA FASSBENDER (AFP)Auto-retrato de Ai Weiwei na exposição “Everything is art. Everything is politics' (tudo é arte, tudo é política).Federico Gambarini (AP)