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O samba como ritual, um ensaio na Sapucaí Guy Veloso, fotógrafo especializado em religiosidade e festas populares brasileiras, faz ensaio para o EL PAÍS nos dois dias de desfiles da Sapucaí. Veja os primeiros registros Desde 1998, Guy Veloso fotografa a religiosidade brasileira. "Considero os desfiles de Carnaval do Rio como uma forma de religiosidade também: uma grande procissão, um manto de transcendência que se espraia na avenida", conta o paraense, que registra a festa carioca de 2019 em um ensaio para o EL PAÍS. Na foto, integrantes da Comissão de Frente do Salgueiro se concentrando antes de entrar na Marquês de Sapucaí, na madrugada de 4 de março. Guy Veloso Imperatriz Leopoldinense traz como enredo sobre a história do dinheiro. Guy Veloso Componente representando um Oyá, iniciante de Candomblé no desfile do Salgueiro que levantou as arquibancadas. Guy Veloso Cássio Dias, 1º passista da Beija-Flor, defendendo o título de sua Escola. Guy Veloso A Grande Rio trouxe personagens bíblicos para a avenida - aliás, como mitas outras Escolas que usaram temas religiosos. Guy Veloso Integrantes da Beija-flor de Nilópolis chegando para o desfile. "Outro local nunca mostrado na mídia é a concentração das Escolas horas antes de entrar na avenida", diz Veloso. Guy Veloso Império Serrano, umas das maiores campeãs do carnaval do Rio, abre o desfile sob chuva. Guy Veloso Acadêmicos do Salgueiro traz o Orixá Xangô como enredo. Guy Veloso Unidos da Tijuca encerrando o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial já de manhã. Guy Veloso Unidos da Tijuca defendeu o enredo “Cada macaco no seu galho. Ô, meu pai, me dê o pão que eu não morro de fome!” já de dia. Guy Veloso A comissão de frente da escola Império da Tijuca (Grupo de Acesso), na madrugada de 3 de março. Guy Veloso "A comissão de frente da Império da Tijuca representa nosso passado vergonhoso. Escravos e seus grilhões", diz Veloso. Guy Veloso "O Carnaval carioca entrou em minhas veias quando, levado aos 8 anos de idade pela família, vi a águia da Portela entrar na avenida. Virei portelense", conta o paraense. No detalhe, integrante da escola de samba Unidos do Porto da Pedra, do Grupo de Acesso,"que corresponde no futebol à segunda divisão", e também traz "mulheres bonitas e fantasias luxuosas." Guy Veloso Na foto, parte da comissão de frente da escola Unidos do Porto de Pedra, que homenageou o ator Antônio Pitanga, "destacando a sua (e a nossa) ancestralidade africana". "Por pouco a escola não foi afetada por um princípio de incêndio no carro alegórico em que estava a filha do homenageado, Camila Pitanga", relata Veloso. Guy Veloso Segunda escola de samba a desfilar no sábado, a Renascer de Jaquarepaguá apresentou o enredo 'Dois de fevereiro no Rio Vermelho', uma homenagem a Iemanjá. "A escola contou a chegada negros escravizados que trouxeram suas crenças, entre elas, a da Rainha dos Mares e o início de seu culto na Bahia", resume o fotógrafo. Guy Veloso Ala representando a orixá Nanã na escola de samba Renascer de Jaquarepaguá, que foi nona colocada na disputa do título do Grupo de Acesso de 2018. Apenas a campeã passa para o Grupo Especial a cada ano. Guy Veloso