10 fotosO sinistro jogo para entrar na EuropaA principal opção para muitos refugiados no sudeste do continente é atravessar as fronteiras escondendo-se da polícia para chegar à Itália. O jogo é como essa prática foi batizadaEl PaísVelika Kladusa - 11 jan. 2019 - 21:11BRTWhatsappFacebookTwitterLinkedinBlueskyLink de cópiaUm refugiado, de madrugada, dorme no acampamento de Velika, depois de ter sido devolvido na noite anterior pela polícia croata. Mais cedo, ele provavelmente arrumou sua mochila com pouca comida, água e roupas para o frio, antes de começar The game (o jogo). É assim que, há alguns anos, refugiados de passagem por algum país do sudeste da Europa têm chamado a aventura de chegar a um país seguro onde podem solicitar asilo.Refugiados rezando ao entardecer no campo de Velika. O número de pessoas no campo varia de acordo com os grupos que conseguiram atravessar a fronteira no dia anterior e os novos que chegam ao campo para seguir o caminho para a Europa. 'The game' consiste em caminhar à noite pelas florestas sem qualquer luz e descansar pelo dia escondido entre as árvores. O prêmio é ir a algum lugar para iniciar procedimentos de asilo e ser algum dia um cidadão com direitos.Um grupo de 30 refugiados do Afeganistão e Paquistão descansam depois de sair de Velika Kladusa e caminhar cerca de cinco quilômetros. Não é suficiente chegar à Croácia, apesar de o país fazer parte da União Europeia. Nem à Eslovênia, que se encontra no espaço Schengen. Ambos têm os piores obstáculos para superar 'o jogo': uma polícia suspeita de cometer ilegalidades.Yasinr conserta a mochila, quebrada pelo peso, durante o 'jogo'. Nos últimos meses, a versão mais popular deste jogo de várias etapas começa na Bósnia, parte para a Croácia, cruza a Eslovênia e chega à Itália. A Trieste. Outra vai da Sérvia para a Croácia e também tem a Itália como ponto final. A versão que está perdendo adeptos é a que deixa a Sérvia em direção à Hungria e que já tem três anos de existência.Uma família de afegãos atravessa uma estrada rural, na fronteira entre a Bósnia e a Croácia, à noite, para não ser interceptada pela polícia croata. Para as pessoas que fogem das guerras, os Bálcãs continuam sendo a opção mais segura. É o trajeto que menos probabilidade de morte apresenta no jogo sinistro de entrar na Europa.Quando você tem que andar por horas com muito peso em seus ombros, as pausas são essenciais, mesmo que sejam perigosas, dada a possibilidade de ser visto pela polícia. A rota que sai da Líbia e desembarca, quando desembarca, na Itália é a mais perigosa. No ano de 2017, passou de 3.000 o número de mortos, segundo a ONG Missing Migrants.Asmat (nome fictício) carrega sua filha de poucos meses para cruzar a fronteira e poder encontrar sua esposa na Alemanha. O trajeto que deixa o Marrocos a caminho da Espanha é o segundo no ranking de perigo. E também é muito difícil: só em 2018, foram registradas 800 mortes por ele.Na imagem, um grande grupo de refugiados chega à fronteira. No lado croata, a vigilância se intensifica com o passar do tempo, tornando a jornada cada vez mais difícil. Aqueles refugiados que vêm de países como Síria, Iraque ou Afeganistão andam pelo mundo durante uma média de três anos.A violência da polícia croata, interceptando migrantes e exilados que cruzam suas fronteiras, é extrema; chegando a bater e até roubar os refugiados.Um jovem paquistanês vindo da Sérvia, dormindo perto do acampamento Velika Kladusa. Esta é a última aldeia bósnia na fronteira com a Croácia.