_
_
_
_

Enem 2017: cinco dicas para ir bem na segunda prova neste domingo

Pela primeira vez, a prova é aplicada em dois fins de semana. Exames exploram Matemática e Ciências da Natureza

Veja a conversa da repórter Beatriz Sanz com Braga com mais dicas sobre a prova.
Mais informações
Após vitória das cotas na USP, o desafio de se bancar na universidade
Reforma do Ensino Médio é aprovada no Senado

Pela primeira vez o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) passou a ser aplicado em dois finais de semana. Neste domingo, os candidatos tem o segundo e último dia de testes. Eles voltam aos locais de prova para responder as questões de Matemática e de Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química).

Na reta final do exame, para auxiliar candidatos que buscam vagas nas universidades brasileiras e no exterior — O Enem é aceito por instituições de ensino superior em Portugal, por exemplo —, respondemos aqui a cinco perguntas que (ainda) são comuns sobre a prova.

1) Enem cai pouco conteúdo?

Quem pensa isso, normalmente, não entendeu bem o que significam as tais “habilidades” que são exploradas no exame. Mas a questão é simples: no Enem, as questões são contextualizadas para que o estudante possa empregar, em situações mais concretas, os conteúdos aprendidos. Ou seja, além de conhecer os temas das disciplinas, é importante ser capaz de aplicar conceitos, estabelecer relações, interpretar dados e assim por diante. As tais habilidades pressupõem uma abordagem menos mecânica dos conteúdos, mas não se opõem a eles.

2) Por que o Enem tem tantos textos?

Justamente para avaliar mais que os conteúdos, também as habilidades que o estudante desenvolveu ao longo de sua formação. Para ficar mais claro, pense na seguinte habilidade, indicada na matriz de Ciências da Natureza do Enem: H3 – Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.

Para avaliar se o aluno é capaz de fazer esse tipo de comparação, é apresentada a ele uma situação real (seja por meio de um texto verbal, de um gráfico, de uma tabela, de um infográfico...) e, com base nela, é que se faz a pergunta. Por isso, em todo item do Enem, o questionamento é feito a partir de um texto-base.

3) Dá para saber o que a prova vai cobrar?

Até certo ponto, dá sim. Como é possível detectar temas recorrentes no Exame, não é absurdo pensar que a prova siga uma tendência. Não por acaso, temas mais “contextualizáveis” têm preferência.

Aqui vai uma breve lista do que, nas disciplinas deste próximo domingo, tem aparecido mais:

4) É verdade que não dá pra “chutar” no Enem?

Isso é uma “meia verdade”. No Enem, a nota de cada candidato é calculada por um método chamado TRI (Teoria de Resposta ao Item), que atribui pesos diferentes a cada item acertado. Simplificando, é mais ou menos assim: se um candidato erra questões fáceis e acerta questões difíceis, a probabilidade de ele ter chutado é razoável. Por isso, o valor desse acerto passa a ser menor. Isso não significa, porém, que o acerto seja anulado, mas que o valor dele na nota final (que vai até 1000 pontos) será menor.

Tendo isso em mente, em vez de ficar bastante tempo fazendo uma questão mais difícil, vale a pena resolver primeiro as mais fáceis, depois as de dificuldade média e só no final as mais complexas. Acertar questões com grau de dificuldade progressivo, na TRI, rende uma nota mais alta.

5) Como controlar o nervosismo?

Para muitos, essa é a pergunta que vale um milhão. Ainda assim, se parte do nervosismo vem do medo diante do imponderável, ou do desconhecido, arriscamos dizer que o Enem não é das provas que devem deixar mais nervosos os candidatos. O principal motivo é a própria atribuição de nota com base na TRI, que mede proficiência e não acertos absolutos. Trocando em miúdos, essa prova consegue medir muito mais o “conjunto da obra”, a sua formação como um todo, do que uma ou outra questão pontual. No Enem não há como ser reprovado porque deu branco em uma questão específica. A prova consegue medir as probabilidades de acerto.

Ainda assim, se alguma questão mais chata ameaçar tirar o candidato do prumo, vale a pena ter à mão umas balas, um chocolate, algo para beber, enfim, qualquer doce distração capaz de lembrar que a vida é muito mais que uma prova no domingo.

Henrique Braga é doutor pelo DLCV-USP (Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade de São Paulo) e coordenador e professor e gestor de conteúdo do Sistema Anglo de Ensino.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_