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Editoriais
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Matança em Manchester

O combate ao jihadismo diz respeito a todos

Ramos de flores colocados diante do local do atentado de Manchester.
Ramos de flores colocados diante do local do atentado de Manchester.Kirsty Wigglesworth (AP)

O fato de que o Estado Islâmico tenha escolhido crianças e adolescentes, que acabavam de assistir ao show da cantora favorita, como vítimas de sua mais recente carnificina mostra de novo — pois o grupo já havia dado diversas provas disso — que, para o jihadismo, os limites morais simplesmente não existem. E que se trata de um inimigo que não merece, partindo da mínima decência democrática, nenhuma compreensão ou justificativa.

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A matança cometida em Manchester na noite de segunda-feira tem um único e claro responsável: uma ideologia assassina que, escondendo-se covardemente atrás da religião, não tem outro objetivo a não ser o de terminar com as sociedades mais livres — e, por isso mesmo, mais prósperas — do planeta. Sociedades que são depositárias de valores de convivência, colaboração e reconhecimento individual a que aspiram, de maneira legítima, milhares de pessoas escravizadas nas regiões da África e da Ásia controladas pelo radicalismo islâmico.

Ante um inimigo desse calibre, as democracias devem agir da única maneira possível: colaborando sem fissuras entre si e garantindo a vigência do sistema de liberdades tão odioso para os que são capazes de assassinar menores de idade, queimar vivos seus prisioneiros e defenestrar os que consideram impuros.

É fundamental não cair no desânimo nem numa frustração que exija soluções rápidas e efetivas a qualquer preço. Existem pedágios que as democracias não podem pagar para continuarem sendo consideradas como tais. Devemos ser conscientes de que se trata de um combate que diz respeito a todos e que, do mesmo modo que todos os cidadãos são alvos do jihadismo, sua fé na democracia e na liberdade é a arma mais eficaz para derrotá-lo. Expressamos aqui nossa solidariedade e apoio ao povo britânico neste momento tão difícil. Prevaleceremos ante a barbárie.

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