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Este vídeo resume sua relação de amor e ódio com o ‘Despacito’

Vídeo de canal de humor italiano foi reproduzido mais de 7 milhões de vezes em dois dias

Emilio Sánchez Hidalgo
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O videoclipe de Despacito, no canal oficial de Luis Fonsi, tinha, neste sábado, aproximadamente 1.500.000.000 visualizações. E isso não é nem uma boa parte do total: temos que somar as reproduções em rádios, Spotify, bares, baladas, cópias piratas... A música toca em todos os lugares, tanto que muitos já estão enjoados dela. Os humoristas do canal de YouTube italiano The Jackal resumem esse sentimento em um vídeo que já teve mais de sete milhões de reproduções no Facebook e outras 600.000 visualizações no YouTube, em dois dias. A música de Luis Fonsi é a primeira em espanhol que chega ao número 1 dos sucessos dos Estados Unidos desde Macarena.

A cena mostra três homens em um carro. Um dos passageiros fala com o motorista sobre um tema qualquer, quando começa a tocar Despacito na rádio. O que está no banco de trás revira os olhos em sinal de cansaço. "Que saco essa música, meu Deus, mamma mia!". Quando o motorista propõe mudar de estação, o homem do assento traseiro aceita o destino: "Deixe, vão colocá-la em qualquer rádio que você puser".

Música de Luis Fonsi é a primeira em espanhol que chega ao número 1 dos sucessos dos EUA desde 'Macarena'

"Eu a escutei pela primeira vez em janeiro. Vão fazer com que a ouçamos a vida inteira", acrescenta um deles, enquanto o outro começa a dar argumentos contra a música. "Sabe o que me incomoda? Que são sempre as mesmas letras; sempre a mesma canção com a mesma estrutura". Um deles pensa que a música é de Enrique Iglesias: "Todas me soam igual". Continuam repudiando-a até que acontece o previsível. Quando chega o refrão, começam a cantá-la.

Os atores que protagonizam a cena são Fabio Balsamo, Ciro Priello e Gianluca Fru, rostos comuns dos vídeos do The Jackal. Do canal de YouTube, afirmam ao EL PAÍS, por e-mail, que, na Itália, "Despacito está em todas as rádios. Embora odeiem a música, não podem tirá-la da cabeça. Quando relaxam, começam a cantá-la". "O pior é que vamos continuar escutando-a por muitos meses", acrescentam.

O plano do vídeo lembra o icônico sketch de Jim Carrey, no Saturday Night Live, ao ritmo de What is love. Nesse gagde 1993, o ator ironizava as músicas repetitivas e pegajosas. The Jackal reconhece que se inspiraram em parte na piada do programa americano.

A universidade de Amsterdã publicou, em 2014, uma lista de músicas especialmente pegajosas. Wanna be (Spice Girls), Mambo nº 5 (Lou Bega) e Eye of the Tiger (Survivor) ocupavam as primeiras posições. Em inglês, esse tipo de música pegajosa é chamado de earworns (minhocas no ouvido).

Como explica este artigo da CNN, que inclui um estudo da Universidade de Durham (Reino Unido), estas são as características de um earworm: o ritmo é mais rápido que em outras músicas —geralmente são canções dançantes; a melodia é muito repetitiva e simples; de forma muito pontual, a música deve acrescentar certas mudanças muito reconhecíveis que não modifiquem a melodia. O estudo coloca como exemplo a música de Kiley Minogue, Can't get you out of my head, mas caberia aqui lembrar da brasileira grudentíssima Ai se eu te pego, de Michel Teló.

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