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Metropolitan libera os direitos de 375.000 imagens de suas obras

Acordo do museu de Nova York com “Creative Commons” permite fazer download, usar e modificar o conteúdo do catálogo

“O Banho”, de Joaquín Sorolla, uma das obras liberadas pelo Met.
“O Banho”, de Joaquín Sorolla, uma das obras liberadas pelo Met.

O Museu Metropolitano de Nova York (Met), uma das instituições de arte mais importantes do mundo, anunciou na última terça-feira, através de um comunicado, sua decisão de liberar cerca de 375.000 obras de seu catálogo digital como imagens de domínio público. Graças a essa nova política de acesso, as peças já estão disponíveis online sob uma licença Creative Commons Zero (CC0), que permite a qualquer pessoa baixar, usar e modificar as obras sem restrições e sem precisar atribuí-las ao autor original.

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Ao contrário de uma iniciativa de 2014, pela qual o museu deu acesso na web às peças agora liberadas, com essa licença os usuários poderão se apropriar delas sem necessidade de obter permissões ou quotas. O catálogo inclui um grande leque de obras em alta resolução, de esculturas até gravuras, fotografias e pinturas.

O diretor do museu, Thomas P. Campbell, explica que essa mudança transforma o Museu Metropolitano em “uma das maiores e mais diversificadas coleções de acesso aberto do mundo”, abrangendo 5.000 anos de história da arte de todo o mundo. Seu conteúdo é, como explica o Met, produto de horas de trabalho dedicadas a digitalizar o catálogo do museu na íntegra, 147 anos. Um rigoroso trabalho feito por fotógrafos, técnicos, curadores e até mesmo estagiários que passaram por suas salas.

Nomes como Botticelli, Degas, Hokusai e Rodin são alguns que vão aparecer nesse banco de dados que levará o Met a se juntar à lista de museus com coleções digitais sob licença CC0. É encabeçada pelo Walters Art Museum, da cidade de Baltimore, que em 2012 adotou a mesma política ao liberar cerca de 18.000 imagens. Foi seguido por instituições como o Rijksmuseum de Amsterdã, a Tate Gallery de Londres e, mais recentemente, pelo MoMA de Nova York, com 120.000 imagens.

Loic Tallon, diretor digital do museu, comentou que esta decisão é “um emocionante marco na evolução digital do Met”. Isso é corroborado pelas novas colaborações anunciadas pelo museu na mesma terça-feira. Creative Commons não será o único aliado: também vai contar com a ajuda de outras entidades como a Biblioteca Digital Pública dos Estados Unidos, Artstor, Wikimedia e Pinterest. Juntos, vão trabalhar no projeto do museu para conseguir expandir seu público além dos 30 milhões de usuários que já visitam seu site, abrindo as portas digitais para todos os públicos possíveis.

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