Os dez melhores filmes de Tom Hanks, e seus cinco épicos fracassos

Está na moda criticá-lo, mas Tom Hanks (Califórnia, 60 anos) não vai deixar de interpretar homens comuns em circunstâncias extraordinárias somente porque o acusam de se repetir. Durante o ápice do politicamente correto liderado por Bill Clinton, Hanks foi o maior símbolo do heroísmo doméstico. E o público depositou todas as suas esperanças nele. Era ao mesmo tempo o herói que queríamos e o de que precisávamos, dentro e fora da tela.

Seu segundo casamento, com a atriz Rita Wilson, parece o único estável de Hollywood: estão há 28 anos juntos. Tem quatro filhos, não bebe, não fuma (“acho absurdo inalar intencionalmente fumo pela boca”, afirma) e não protagonizou nenhum só escândalo em toda a sua vida. “Quando criança era tímido, mas gostava de fazer piadas. Mesmo assim, nunca me meti em encrencas, era um bom garoto e bastante responsável”, recorda Hanks. Durante anos, Tom foi a quintessência do bom homem americano, que fazia o que tinha que fazer, com uma integridade sem fissuras. De sua posição privilegiada de homem branco heterossexual, deu voz aos marginalizados e os defendeu tanto em seus filmes como nas entrevistas.

Mas quando o novo século nos tornou cínicos e desconfiados, Tom Hanks se transformou em uma relíquia, como acontecia com Woody (o caubói de ‘Toy Story’ ao qual o ator dá voz). Ante o iminente regresso de um Clinton ao poder, Tom Hanks está reconquistando o público. O ator, como não podia deixar de ser, manifestou seu apoio à candidata democrata e comparou Donald Trump com um dentista que acredita que entende de endodontia, embora nunca tenha feito nenhuma. Não pode ser coincidência que Hanks e os Clintons tenham retornado às nossas vidas ao mesmo tempo. Do jeito como estão as coisas, precisamos voltar a acreditar nele e nesse cinema entusiasmado. Necessitamos de que, pelo menos nos filmes, os bons continuem vencendo.

Os 10 melhores filmes de Tom Hanks (clique na foto)

Os 5 piores filmes de Tom Hanks (clique na foto)